18.5.06

Deputado pede proteção policial

Para Jungmann, parlamentares e depoentes estariam sob risco

A informação de que a gravação da sessão reservada da CPI do Tráfico de Armas foi divulgada nos presídios, em audioconferência, provocou medo nos parlamentares. O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) apresentou requerimento para que todos os integrantes da comissão tenham segurança policial, para evitar represálias.

Ontem, mesmo a informação do vazamento da gravação da reunião era mantida sob reserva, até o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) quebrar a informal lei do silêncio. Ele chegou a ser criticado por colegas por causa do vazamento.

"Tem de contar. Estão com medo de quê? Deputado não pode ter medo", disse Faria de Sá. Além de estarem expostos, por causa das declarações que fizeram na reunião reservada com o diretor do Deic, Godofredo Bittencourt Filho, e do delegado Rui Ferraz, no dia 10, os deputados fizeram afirmações ácidas contra o PCC durante depoimento de Leandro de Carvalho, preso no início do mês em uma ação do Deic de São Paulo.

Carvalho foi preso quando transportava fuzis e granadas e prestou depoimento à CPI no mesmo dia. Parte dos questionamentos foi feita em sessão reservada. Cópia dessa gravação também foi entregue aos advogados do PCC Sérgio Weslei da Cunha e Maria Cristina de Souza Rachado pelo ex-funcionário da Câmara Arthur Vinícius Pilastre Silva, segundo depoimento do servidor.

Jungmann disse que, nas sessões reservadas, deputados fizeram referências a depoimentos de outras pessoas na CPI. "Todas as pessoas estão correndo risco", sentenciou o parlamentar. O presidente da comissão, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), afirmou que o crime organizado não vai intimidar os trabalhos da CPI.
Estadão

Um comentário:

Anônimo disse...

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