Era em nível de coronel.
Era gente do ramo que cuidava da segurança do Brasil no tempo dos militares. Voltaram para os quartéis, sob a pressão daqueles que hoje – incompetentes – permitiram que a demência assumisse o comando sob suas barbas, de dentro dos presídios, e apesar das evidências se recusam a ingerir do mesmo veneno que ministraram, ou seja, se recusam a “voltar para casa para o bem de todos e felicidade geral da Nação”.
Em termos de segurança, o Paraná, por exemplo, oferece como chefe, à apreciação da opinião pública, um autêntico gozador.
Certa ocasião, em Cascavel, o garotão chegou a tentar se identificar como sendo “Roberto Carlos”, e certamente foi a bordo desse espírito que ele conduziu o que hoje a expressão “segurança”, no Estado, não representa nada mais do que um apelido. Ou uma caricatura. E de mau gosto.
Os últimos distúrbios que envolveram em pânico a deserdada população brasileira revelaram de forma humilhante e aflitiva que os delinqüentes estão mais organizados que os “secretários” e são irrefutavelmente mais competentes que os demais políticos envolvidos numa área que não é apropriada à já insustentável e pegajosa política partidária.
A área de segurança é uma área técnica, e por assim o ser, não apropriada a aventureiros ou histriônicos.
Esta modesta Coluna desafia a quem quer que seja responder de forma convincente sobre qual a política de segurança que existe no Brasil !?
Seria a que faz com que o elemento que está na presidência da República envie “um forte abraço” ao delinqüente “seu companheiro” que estava atrás das grades cumprindo pena, abraço “levado pelo outro companheiro petista que à época era presidente da Câmara e também apontado como corrupto” ?
Ou a política de segurança seria a que pretendia - e ainda pretende - desarmar a população, mantendo a atual ameaça de prisão sem fiança a quem for flagrado com uma arma para sua defesa pessoal, num Brasil tomado pelos assaltos e assassinatos ?
Seria a nossa política de segurança a promovida por integrantes do governo Lula, de incentivar a liberdade de seqüestradores, como os envolvidos no seqüestro do empresário Abílio Diniz ?
Ou a de tentar colocar atrás das grades um coronel que cumpriu com seu dever no caso Carandiru ?
No Paraná, seria a “política de segurança” a que levou para a cadeia temporária um coronel da Policia Militar que o que fez foi dar apoio logístico a produtores rurais ameaçados de morte ?
Ou seria a política de segurança brasileira a inspirada por D. Evaristo Arns que celebrou missa pelas “almas de assassinos”, os que – após assassinarem vários outros detentos, alguns decapitados - tombaram no confronto com a Policia no Carandiru ?
Ou seria a do senador Eduardo Suplicy que, sob holofotes, foi “dormir o sono da hipocrisia” no Carandiru, em apoio aos facínoras ?
Ou a que promoveu até casamento de homossexuais dentro dos presídios ?
Ou seria a política brasileira de segurança a proposta pela OAB e CNBB em torno dos inarredáveis “direitos humanos” que blindaram mesmo os mais cruéis, psicóticos, desumanos e brutais delinqüentes ?
E por falar em “cruel” ... é quase inacreditável que em meio a degeneração na área da segurança, governadores como o de São Paulo e ministros como o chamado “da justiça do Brasil”, além do próprio presidente da República, insistam em se manter na sordidez da mentira, ao tentarem convencer a população de que são senhores da situação e que não se trata de sincretismo essa flagrante obsessão pelos inquilinos do mundo do crime.
Não há mais o que dizer, não há mais o que falar e nem apontar ... O Brasil está falido nas mãos do chamado “poder civil”.
Fracassaram e, no fracasso, arrastaram junto o estado de direito.
E o mais dolorido é saber que essa virulência assustadora não se limitará ao mundo dos detentos.
Esperem pra ver o que virá por aí em termos de MST.
Quem viver...verá !
Paulo Martins - Gazeta do Paraná
Um comentário:
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