Eleição na Previ tenta reduzir influência política
Seis das sete chapas que brigam pelo comando da entidade falam em independência
O maior fundo de pensão do País, a Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), de longe também o maior investidor individual do mercado brasileiro, elege até segunda-feira sua nova diretoria, em processo que envolve 158,5 mil eleitores.
Só este contingente já colocaria a Previ em pé de igualdade com municípios de grande porte. Mas o patrimônio do fundo, de R$ 86,7 bilhões, o posiciona num patamar acima e acirra a disputa a ponto de reunir sete chapas e 133 candidatos.
Tudo isso para que funcionários e aposentados do banco escolham representantes para metade dos cargos, da diretoria aos conselhos. A outra metade será nomeada pela direção do Banco do Brasil, que deve reconduzir o petista e ex-sindicalista Sérgio Rosa à presidência do fundo, com mandato até 2010. No início de 2007, numa eventual troca de governo, a direção deve mudar, como ocorreu no início da gestão do PT, quando o então presidente Luiz Tarquínio foi substituído por Rosa.
A eleição deste ano é marcada pelo mote da independência político-partidária, defendido por seis das sete chapas.
Acusado de servir a interesses do governo, o fundo está dividido. "A gestão da Previ tem de ser profissional, isenta da pressão de grupo de interesses", diz Bernardo Gonzales, representante da Chapa 5. "As ligações político-partidárias vêm sendo reproduzidas nos modelos da Previ, Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa) desde a década de 90. Isso ficou evidenciado na época das privatizações. Muitas operações não tão convenientes aos fundos de pensão foram impostas", faz coro Reinaldo Loureiro Rocha, da Chapa 4.
Os candidatos da situação rebatem as críticas dizendo que nada ficou comprovado contra os fundos das estatais durante as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura denúncias de corrupção no governo. "Não existe ingerência do governo. E a Previ tem o atestado disso. A CPI do Mensalão dizia que tinha de tudo na Previ e, depois, tiveram que admitir que não há nenhum negócio errado", defende Francisco Alexandre, da Chapa 1.
Segundo ele, a campanha de sua chapa custou cerca de R$ 150 mil, além d a colaboração de mais de cem sindicatos. Há rumores de que algumas campanhas estão movimentando mais de R$ 700 mil. Não à toa.
Acionista de mais de 200 empresas nacionais, a Previ tem assento nos conselhos de administração de 86 companhias e faz parte do bloco de controle de 19 delas. A lista inclui Vale do Rio Doce, Petrobrás, Banco do Brasil, Perdigão e Brasil Telecom.
A votação ocorre desde o último dia 15, e o quórum mínimo para efetivar a eleição já foi alcançado. Os eleitores votam pelo site interno da instituição, por telefone e pessoalmente.
Estadão
2 comentários:
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