Justiça ouve mais 3 no caso Toninho
Nova testemunha contradiz versão oficial e aponta mais um acusado
No ano em que se completam cinco anos da morte do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, a Justiça ouve amanhã três testemunhas que devem ser as últimas a prestar depoimento na fase processual do caso. Uma delas traz uma nova versão -a sétima-, que contradiz a oficial, da Polícia Civil e do Ministério Público.
Toninho foi morto em setembro de 2001, quando saía de um shopping da cidade. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de São Paulo e a Promotoria apontam que os três disparos, de uma pistola 9 mm, foram feitos por um dos integrantes da quadrilha do seqüestrador Wanderson de Paula Lima, o Andinho, que fugia em um Vectra prata. Apenas Andinho está vivo.
Para o DHPP, o crime foi comum e Toninho estaria atrapalhando a fuga do bando. Para a Promotoria, a motivação do crime é uma incógnita. No entanto, o último tiro foi disparado quando a quadrilha já havia ultrapassado o Palio de Toninho.
A nova testemunha -um veterinário de Campinas- contou ao Ministério Público que ele e mais três pessoas de sua família foram mantidos reféns em sua casa pela quadrilha de Andinho, até cerca de 15 minutos antes da hora do assassinato do prefeito, ocorrido do outro lado da cidade.
Os pontos ficam cerca de 11 quilômetros distantes um do outro. Além disso, a polícia e os promotores sustentam que a quadrilha tentou seqüestrar, minutos antes do assassinato, o empresário aposentado Uilson Franco.
Ou seja, em 15 minutos a quadrilha teria de percorrer 11 quilômetros em um trecho urbano, tentar seqüestrar uma pessoa e ainda parar o carro para deixar um de seus cinco integrantes.
Isso porque, segundo o veterinário, eram cinco e não quatro -como diz a polícia- os integrantes da quadrilha de Andinho naquela noite. O depoimento dele foi dado no dia 6 de dezembro do ano passado, mas só foi anexado ao processo no mês passado.
O veterinário diz ter reconhecido Andinho entre os cinco homens. Ainda afirma que havia um homem negro e gordo na quadrilha. Na denúncia da polícia e dos promotores, não há ninguém com essas características.
Tempo
A testemunha conta ter sido abordado no portão de sua casa por volta das 21h15. Ele conta que os homens ficaram cerca de 45 minutos dentro de sua casa, ou seja, até as 22h. O veterinário conta ainda que, dos cinco homens, apenas Andinho não usava capuz. O homem negro tirou o capuz para ouvir um rádio transmissor.
A quadrilha portava ao menos uma pistola 9 mm e uma metralhadora, estava em um Vectra prata, e levou eletrodomésticos, jóias e dinheiro. Naquela noite, foram encontrados dois Vectra abandonados em Campinas.
Para o promotor Ricardo Silvares, o depoimento não contradiz a versão que implica Andinho. Para o defensor de Andinho, o procurador Silvio Artur Dias da Silva, o depoimento derruba a tese oficial.
As outras testemunhas são ex-proprietários de um prostíbulo de Sumaré (SP), que podem esclarecer o paradeiro da arma. Uma das funcionárias deles comentou, à época, ter namorado o autor do crime e revelou que a arma estava apreendida em Sumaré.
Folha
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