27.12.05

Waldomiro e Buratti acusados

Presidente da Gtech acusa Waldomiro e Buratti


Brasília - O presidente da multinacional Gtech, Fernando Antônio de Castro Cardoso, acusou Waldomiro Diniz, ex-assessor de assuntos parlamentares da Presidência, e Rogério Buratti, ex-secretário de governo na gestão de Antonio Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto, de tentarem extorquir a empresa quando da renovação do contrato das loterias com a Caixa Econômica Federal, em janeiro de 2003.

Cardoso foi ouvido nesta tarde na Corregedoria-Geral do Departamento de Polícia Federal, a pedido da CPI do Bingos, que investiga a denúncia de achaque da multinacional. A mesma informação já havia sido prestada à Comissão, em julho, pelo diretor da Gtech, Marcelo Rovai.

Ambos negam que a empresa tenha pago a extorsão, mas não explicam porque a Gtech pagou R$ 5 milhões ao advogado Walter Santos Neto, suspeito de ter intermediado a operação. Segundo Cardoso, Walter Santos teria sido contratado para resolver um processo judicial de interesse da empresa.

"Era um contrato de risco-sucesso, no qual, obtendo resultado favorável à Gtech, o escritório teria remuneração de 0,8% do valor da causa, caso contrário, não teria nenhuma remuneração", explicou Cardoso, no texto liberado Polícia Federal após o depoimento.

Ele não soube explicar porque, em junho de 2003, a Gtech pagou a última parcela dos honorários de Walter Neto, apesar de não haver sucesso no mérito final da ação.

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