Grandes grupos ficam fora do leilão de hidrelétricas
Leila Coimbra, Claudia Schüffner e Daniel Rittner para Valor Online
Os principais grupos do setor elétrico devem ficar fora da disputa pelas novas concessões de hidrelétricas no leilão previsto para o dia 16, no Rio. A CPFL Energia, que tem US$ 250 milhões em caixa e era tida como uma das favoritas para levar ao menos uma das concessões, não irá participar, segundo o presidente do grupo, Wilson Ferreira Jr. A Energias do Brasil, que anunciou interesse em investir US$ 1 bilhão em geração, tinha planos de entrar em parceria com Furnas em três ou quatro projetos. Agora, avalia se há viabilidade para algum deles.
A Tractebel, maior geradora privada do país, e a Cemig também dão sinais de que ficarão fora do leilão, enquanto a Copel, estatal paranaense, reavalia em conjunto com sua parceira, a Eletrosul, alguns empreendimentos no Paraná.
O apetite dos grupos diminuiu após a divulgação, pelo governo, do preço teto para o leilão de energia nova, que segundo o edital é de R$ 116 o megawatt-hora (MWh). Para os investidores, o valor não garante remuneração mínima de 15%.
Os grupos que atuam na geração termelétrica também estão reticentes em relação ao leilão. O empresário Eike Batista, da MPX, tem R$ 200 milhões reservados para a construção de duas térmicas, no Brasil e na Bolívia, mas disse ontem que também não vai participar.
O desinteresse dos investidores pode comprometer a oferta de energia a partir de 2009. Para garantir o abastecimento, o Ministério das Minas e Energia lançou ontem uma espécie de "plano B", ao anunciar o leilão do complexo hidrelétrico do rio Madeira (RO) para o primeiro semestre de 2006. O empreendimento garantiria o suprimento de energia entre 2010 e 2015, quando pelas projeções oficiais seria necessário agregar 16 mil MW médios ao sistema para afastar o risco de racionamento.
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