29.3.06

MANTEGA FOI SOLUÇÃO TEMERÁRIA

Lula apostou no esquecimento da imagem do Presidente do BNDES

O que acontecer com a nomeação de Guido Mantega para Ministro da Fazenda faz parte da temeridade de Lula escolhendo para o cargo justamente um dos pivôs da crise de confiança provocada pela sua eleição em 2002.

Lula apostou no esquecimento de que Mantega – que era o seu principal conselheiro econômico na campanha eleitoral, não apenas sendo citado por ele, mas ocupando espaço na imprensa com fantasias econômicas “para ganhar eleição” - foi um dos temores que provocou a crise de confiança na economia brasileira deflagrada desde que as pesquisas começaram a indicar a possível vitória do PT nas eleições.

Mantega, cujo currículo de professor e vice-diretor da Fundação Getúlio Vargas servia de fachada para a plataforma demagógica de Lula (que a abandonou integralmente depois de empossado), foi afastado do comando da economia e substituído por Palocci, tão logo a vitória foi anunciada.

Ou seja, com Mantega teria sido o desastre que Palocci evitou.

Recebendo como compensação o Ministério do Planejamento (que não tem ingerência na gestão da economia), Mantega mesmo assim atritou-se com Palocci e foi defenestrado, indo para o BNDES. Sua ida para o Ministério da Fazenda é um tiro no escuro.