29.3.06

MATTOSO USA “ÁLIBI AL CAPONE”

Confissão foi orientada para negar a quebra de sigilo

O ex-presidente da Caixa Econômica – cujo depoimento tornou inevitável a demissão do Ministro Palocci – aplicou o chamado “Álibi Al Capone” e que consiste em retirar do fato delituoso o elemento essencial do crime.

Traindo o esquema de acobertamento que foi armado no Governo – idêntico ao utilizado no Caso Waldomiro Diniz e que permitiu mais de um ano de sobrevida no cargo ao ex-ministro José Dirceu – Jorge Mattoso decidiu sair do imbróglio confessando ter tido acesso à conta do caseiro Francenildo, mas... Aí está o Álibi Al Capone: o sigilo do caseiro não foi divulgado pela Caixa, sob sua responsabilidade, mas pelo Ministério da Fazenda. Na Caixa, todas as pessoas que tomaram conhecimento do extrato eram funcionários qualificados para lidarem com as informações, por atribuições funcionais, no caso a comunicação à Coaf de operações atípicas da conta do caseiro, que tinha salário de R$ 700 e movimentava R$ 25 mil.

Revelando que passou o extrato, mais tarde publicado pela revista Época, ao Ministro da Fazenda, Mattoso entregou Palocci e está coberto do ponto de vista criminal.

Mattoso, que promoveu o aparelhamento da Caixa pelo PT, deu uma de “salve-se quem puder”.

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