'Sexo e poder’, o outro lado do economista
Em 1979, Mantega coordenou obra sobre a revolução sexual
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não é só o economista que promete cumprir tudo o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandar. Ele tem um passado libertário. Em 1979, ele coordenou, fez a introdução e escreveu o capítulo inicial da obra Sexo e poder, editado pela Brasiliense, com direitos posteriormente cedidos ao Círculo do Livro.
Mantega foi um apologista da revolução sexual. Logo na introdução, constata que no final dos anos 70 a família brasileira já podia assistir ao afrouxamento da censura sexual no País. “Finalmente estamos amadurecidos para encarar de frente bundas e peitos, e mesmo para ver de relance os pêlos púbicos que se insinuam nos cantos mais escuros das telas dos cinemas e nas páginas dos Play bois caboclos.”
A obra coordenada por Mantega tem, do autor, além da apresentação, o artigo “Sexo e poder nas sociedades autoritárias: a face erótica da dominação”, de 24 páginas, e um diálogo com sua participação: “A ciência do sexo e os feiticeiros da repressão”.
Mantega lembra que a obra parte de pensadores mais teóricos, como Freud e Reich, e chega à sexualidade brasileira, com a violência sexual, o sexo no cinema e nas revistas femininas, o feminismo e o homossexualidade. Encerra dizendo que não pretende esgotar o assunto: “Afinal, a sexualidade brasileira é inesgotável".
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