O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) denunciou ontem da tribuna uma suposta ação conjunta do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal que teria como objetivo apagar os registros dos sistemas de computadores que poderiam identificar os responsáveis pela quebra do sigilo de Francenildo Santos Costa, o Nildo. "A equipe de especialistas do BB passou o dia na Caixa tentando apagar quaisquer registros e rastros que possam comprovar a origem dos autores da espionagem", disse o senador, informando que recebera a denúncia de um funcionário do Bando do Brasil.
Ele acusou o diretor de Tecnologia do BB, Luiz Cerqueira César, de ser o responsável por um esquema de espionagem no banco que já teria devassado contas de políticos - entre eles, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) e o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).
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O pefelista pediu providências e alertou para a gravidade das denúncias. O informante, segundo o senador, está convicto de que a responsável pela quebra ilegal de sigilo do caseiro é a vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Clarice Coppetti, que está com depoimento marcado para terça-feira na CPI dos Bingos.
A presidência do Banco do Brasil negou ontem à noite, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que qualquer funcionário tenha ido até a Caixa Econômica Federal para "ajudar a apagar" os rastros do vazamento do extrato do caseiro Nildo.
O BB garante que a fonte do senador está equivocada. "Isso não existe, é uma ficção", disse um assessor da presidência do banco. De acordo com o BB, a instituição não tem "nada a ver com a quebra do sigilo bancário do caseiro".
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