Presidente do Senado deve mandar arquivar ainda hoje CPI contra Lula
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve pedir o arquivamento da chamada "CPI do Lula", pedida na semana passada por 34 assinaturas de senadores, todos de oposição, recolhidas por Almeida Lima (PMDB-SE). O requerimento prevê a investigação das relações entre o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e a família do presidente Lula. Mas Renan deve considerá-lo sem validade, sob o argumento de que não trata de fato específico.
O destino da CPI será selado provavelmente hoje. Renan solicitou à assessoria jurídica do Senado a análise detalhada do requerimento. Ele quer ter argumentos jurídicos para o arquivamento. A aliados contou que não pretende arcar sozinho com o ônus de derrubar a CPI.
Mas o presidente do Senado também não quis transferir a decisão para a Comissão de Constituição e Justiça, hoje presidida por Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Ele quer evitar valorizar demais ACM, principalmente num ano eleitoral.
"Essa CPI vai morrer na origem porque não tem um fato determinado. O requerimento é muito frágil", afirmou o senador Tião Viana (PT-AC). Apesar de terem assinado o pedido, os oposicionistas admitem que seu objetivo maior é desgastar o governo. Reconhecem ainda que dificilmente a CPI irá adiante nas investigações sobre as relações de Lula com Okamotto.
O requerimento, apresentado semana passada, lista cinco fatos a serem apurados. O primeiro é a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa na Caixa Econômica Federal. Outro é a relação entre Okamotto e Lula, de quem é amigo. Tesoureiro de campanhas petistas, Okamotto teria pago uma dívida pessoal de R$ 29,4 mil que Lula contraiu com o PT.
A CPI deveria apurar ainda a relação de Fábio Luiz Lula da Silva, filho do presidente, com a empresa Telemar, que comprou ações da Gamecorp, de sua propriedade, por R$ 5 milhões. O quarto alvo de investigação seriam eventuais práticas de tráfico de influência por familiares de Lula. O último seria a origem e o destino dos US$ 100 mil encontrados na cueca de José Adalberto Vieira da Silva no ano passado. Ele era assessor do deputado petista do Ceará José Nobre Guimarães, irmão do ex-presidente do PT José Genoino.
Um comentário:
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