Membros do PMDB do Distrito Federal vão entregar hoje o pedido de afastamento do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) do partido. O motivo é o envolvimento de Marcelo Cardoso de Carvalho, ex-assessor do parlamentar paraibano, na máfia dos sanguessugas. Na peça jurídica, ele será qualificado por improbidade administrativa, prevista no estatuto. Nos bastidores, o pedido é considerado como retaliação, já que Suassuna foi um dos peemedebistas que apoiaram a dissolução do diretório do PMDB.
Inicialmente, o pedido se limitaria ao afastamento de Suassuna da liderança do partido no Senado. Essa opção era considerada pela bancada federal do PMDB. Entretanto, os militantes se adiantaram e vão pedir inclusive o desligamento enquanto ele não for julgado pelo conselho de ética da legenda.
O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), é quem receberá a reclamação. Os autores da peça jurídica, porém, não têm esperanças de que ela chegue a ser apreciada. Um deles chegou a comentar que a executiva está “contaminada” e que o pedido será “lançado no lixo”.
Dissolvição
O pedido de afastamento, redigido por Sebastião Baptista Affonso, advogado-geral da União no governo de José Sarney (PMDB-AM), e ex-terceiro vogal do PMDB-DF, e assinado pelo ex-segundo tesoureiro, Fábio Simão, não é gratuito. Em junho, o diretório regional foi dissolvido com a ajuda de Suassuna. Ele foi determinante na escolha de Jader Barbalho (PMDB-PA) como relator do processo movido pelo distrital Pedro Passos (PMDB).
Correio Brasiliense
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