As explicações de Rollemberg
Ex-secretário nacional de Inclusão Digital, acusado de aparelhar PSB no Ministério de Ciência e Tecnologia, entrega à CPI documentos para desmentir acusações do deputado Fernando Gabeira
Rollemberg conseguiu declaração favorável do presidente da CPI
Acusado pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) de operar suposto aparelhamento do PSB no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e de participar de fraudes na liberação de dinheiro público para aquisição de ônibus no programa de Inclusão Digital, o ex-deputado Rodrigo Rollemberg entregou ontem à CPI dos Sanguessugas documentos desmentindo a informação. Ele também conseguiu tirar do presidente da comissão, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), uma declaração em seu favor. “Não temos nada aqui contra o Ministério. Infelizmente, não posso me responsabilizar pelo uso político que alguns deputados fazem da CPI”, falou Biscaia, de acordo com Rollemberg.
Presidente do PSB-DF e candidato a deputado federal, Rodrigo Rollemberg encontrou Gabeira no meio da tarde, no corredor das comissões do Senado. No momento em que chegou à porta da CPI, o parlamentar fluminense estava no mesmo lugar, de costas, dando entrevista a emissoras de TV. “O senhor fez uma coisa muito grave. Me acusa sem ter prova nenhuma”, reclamou este. “Não vou discutir. Convidei o senhor para a CPI e o senhor vai ter oportunidade de explicar tudo”, respondeu aquele. O bate-boca aconteceu em frente às câmeras de TV.
Um dos documentos apresentados por Rollemberg é uma planilha com o levantamento de todas as emendas parlamentares pagas pelo MCT. Ela mostra que todos os partidos, exceto PV e Prona, conseguiram tirar dinheiro do orçamento no ministério. O melhor desempenho é do nanico PSL, que teve todos os R$ 800 mil em emendas pagas. O segundo colocado é o PP, com 85% de execução de suas emendas. O PSB é o terceiro colocado, com 73% de aproveitamento.
Horas depois, o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, também foi à CPI levar documento por escrito criticando Gabeira. O partido entrou com representação pedindo punição ao parlamentar.
Correio Brasiliense
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