Crimes em MS podem ter financiado Hezbollah, diz jornal
Investigações da Justiça Federal em Mato Grosso do Sul dão conta que o grupo Hezbollah pode ter sido ligações com o esquema criminoso envolvendo o narcotraficante Fahd Jamil e o doleiro Khaled Nawaf Aragi. Notícia veiculada na edição desta terça-feira do jornal Correio do Estado, revela que os dois condenados teriam colaborado com o fortalecimento do grupo que desde o dia 12 de julho ataca Israel.
Segundo a reportagem, em sentença proferida no dia 7 de junho do ano passado e que condenou Jamil a 20 anos de prisão, o juiz federal Odilon de Oliveira, aponta o criminoso como fornecedor de armas para o grupo e Aragi como suspeito de ter enviado milhões de dólares para um banco libanês com o objetivo de financiar grupos terroristas.
A sentença, onde Jamil também foi condenado por lavagem de dinheiro, aponta ainda o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar como um dos integrantes da “maior rede de tráfico, envolvendo Rússia, Jordânia, Farc e mercenários israelenses. Recebia as armas de Fahd Jamil, libanês vinculado ao Hezbolhah”.
Em 2001 Aragi foi apontada pela Justiça boliviana como sendo uma das 15 pessoas residentes no Brasil que teriam depositado US$ 261 milhões no Byblos Bank, em Beirute. Outro fato que reforça a suspeita dele com o Hezbollhaz, é que em 1999 a PF apreendeu em duas empresas dele de fachada, fotografias de guerrilheiros.
Por conta disso, Aragi tornou-se a principal peça nos seis inquéritos que a PF chegou a instaurar sobre a ligação de lavagem de dinheiro no Estado com o terrorismo internacional
Em entrevista ao jornal, o presidente da Associação Cultural Monte Líbano, de Campo Grande, Eid Toufic, disse que vários libaneses são simpatizantes do Hezbollah e acrescentou que conhece Fahd Jamil, mas não sabe de qualquer ligação dele com o grupo, que segundo ele, não precisa de dinheiro de migrantes. Ele disse ainda que Jamil é de origem Síria.
Prisão – Jamil está foragido desde o ano passado e é procurado também pelo governo dos Estados Unidos. Aragi já cumpriu pena por associação para o narcotráfico, lavagem de dinheiro e operação de casa de câmbio clandestina. Ele foi preso em abril de 2005 pela PF (Polícia Federal) em Corumbá, ficou um dia na cadeia e atualmente cumpre pena em regime condicional.
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