Dólares teriam um só comprador em 4 locais
Segundo a Folha apurou, há registro do dinheiro nas corretoras EBS, Action, em agência bancária e em uma quarta instituição
Em dois lugares, a moeda estrangeira teria sido comprada do banco Sofisa, sediado em SP, que trouxe ao país lote de US$ 15 mi
Uma parte dos dólares apreendidos com petistas que tentavam negociar um dossiê contra o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, teria sido comprada por uma única pessoa em, pelo menos, quatro lugares diferentes.
Segundo a Folha apurou, as corretoras EBS e Action estão entre as que têm o registro de uma parcela do dinheiro.
Além dessas duas corretoras, ainda haveria uma terceira instituição autorizada a operar com câmbio e também uma agência bancária. Duas dessas instituições teriam comprado a moeda estrangeira diretamente do banco Sofisa, que tem sede em São Paulo e trouxe para o país um lote de US$ 15 milhões. Como parte do dinheiro estava seriada e ainda tinha a cinta da casa da moeda dos Estados Unidos, ficou mais fácil o rastreamento.
Prisão
No dia 15 de setembro, a PF apreendeu no hotel Ibis Congonhas, em São Paulo, US$ 248,8 mil que fariam parte de um pagamento total de R$ 1,75 milhão. Entre os dólares, havia um montante de US$ 110 mil em notas seriadas, que foram emitidas pela casa da moeda norte-americana em abril deste ano.
A pedido da Polícia Federal, o dinheiro foi rastreado pelas autoridades americanas, daí o surgimento do Sofisa. De acordo com a nota oficial que foi divulgada no início da noite de ontem pelo Sofisa, o banco adquiriu os recursos do Commerzbank de Frankfurt no dia 15 de agosto. A operação foi registrada no Banco Central que atestou a regularidade da entrada do dinheiro.
Os dólares, que, segundo o Sofisa, foram transportados pela empresa Brinks, entraram no país no dia 17 e ficaram guardados no cofre da própria transportadora.
Desde então, até o dia 15 de setembro, o Sofisa negociou os dólares com três pessoas físicas, três empresas e 14 instituições autorizadas pelo BC a operar com câmbio. Isso inclui corretoras, agências de turismo e outros bancos. Apenas o destino de uma parte desses recursos interessa à PF.
Uma outra parte do dinheiro usado na negociação dos petistas teria sido adquirida em uma agência bancária que não tem ligação com o Sofisa e em outra instituição que opera com câmbio. Os dados do Sofisa foram entregues à Polícia Federal no final da tarde de ontem, após a Justiça determinar o repasse das informações.
Segundo a nota divulgada pelo banco, o Sofisa recebeu às 17h de ontem o ofício da Justiça de Cuiabá e "prontamente atendeu a decisão".
Folha
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