Adversários estão loucos, diz presidente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem à noite, em comício no Jardim Nova Esperança, periferia de Goiânia, que é candidato à reeleição por causa do povo pobre. "Eu não sou produto das elites políticas do País. Sou produto das greves operárias de 1978, da convivência com os sem-teto e os sem-terra", disse a uma platéia de cerca de 2 mil pessoas.
"A classe trabalhadora chegou ao poder e chegou para ficar, para mostrar que tem competência e tem mais experiência", prosseguiu, dizendo que são esses os motivos do suposto desespero de seus adversários. "Eles estão loucos, estão nervosos."
Lula afirmou que presidentes que tiveram ligação forte com o povo foram atacados pelas elites e isso ocorre também com ele. "Obrigaram Getúlio Vargas a se suicidar. Espinafraram Juscelino Kubitschek e hoje todos reconhecem nele um grande estadista. Empurraram o parlamentarismo no João Goulart. Tudo porque eram presidentes próximos do povo."
Lula disse que, ao pagar a dívida, rompeu com a "submissão" ao Fundo Monetário Internacional. E defendeu sua política de comércio exterior. "Me atacaram porque eu viajei, eu viajei, viajei. Viajei porque antigamente, quando os EUA espirravam, nós pegávamos pneumonia. Agora, quando os EUA espirram, eu digo: saúde, obrigado, não precisamos do dinheiro de vocês. Precisamos de parceiros diferentes, não ser dependentes de um só país."
Antes de ir para o comício, Lula encontrou-se com a cúpula do PMDB, mais o prefeito Iris Rezende e o candidato a governador Maguito Vilela. Pediu votos para Maguito, embora dali a pouco fosse se encontrar com Barbosa Neto (PSB), candidato ao governo apoiado pelo PT.
Estadão
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