17.2.06

Unibanco tem lucro recorde de R$ 1,8 bi em 2005

Número ficou 43,3% acima do registrado em 2004; crédito foi destaque e respondeu por 42% do resultado do banco

O Unibanco não decepcionou seus investidores e registrou um lucro líquido recorde de R$ 1,838 bilhão em 2005. O número ficou 43,3% acima do resultado de 2004. Dentro do tom que tem predominado no setor bancário pelo menos nos últimos dois anos, a expansão das operações de crédito teve forte peso no resultado.
"A soma de expansão do crédito com o elevado "spread" [diferença entre as taxas de captação e empréstimo] praticado no país tem impulsionado os resultados do setor bancário", afirma Erivelton Rodrigues, presidente da Austin Rating.
Somente no último trimestre do ano passado, o Unibanco lucrou R$ 509 milhões.
Segundo Geraldo Travaglia, vice-presidente corporativo do Unibanco, "as operações de crédito responderam por 42% do resultado do banco em 2005". No ano de 2004, o crédito representou por 38% do lucro.
A carteira de crédito da instituição financeira terminou o ano passado somando R$ 39,875 bilhões (cifra 25,4% superior aos números do ano anterior). Nesse segmento, o destaque ficou com a carteira destinada a pessoa física, que teve aumento de 31,1%, chegando a R$ 15,17 bilhões.
Travaglia disse que, apesar do crescimento acelerado desse segmento de crédito, "a qualidade da carteira permaneceu estável".
Mesmo assim, o banco fez uma provisão adicional de R$ 52 milhões para perdas com crédito no quarto trimestre. Segundo a instituição, isso foi feito "em função da crescente exposição e incremento das carteiras de maior risco no segmento de pessoa física".
Para este ano, Travaglia prevê que o crédito siga em expansão, "algo entre 20% e 25%", com destaque para a carteira destinada ao varejo.
Já o percentual das tarifas bancárias no ganho total do banco recuou um pouco, saindo de 26% em 2004 para 25% em 2005.

Próximos números
Na próxima semana, será a vez de Bradesco, Itaú e Banco do Brasil apresentarem seus balanços referentes a 2005.
Rodrigues, da Austin Rating, prevê que o Bradesco, maior banco privado do país, anuncie um lucro cerca de 50% superior aos números de 2004 -algo próximo dos R$ 5,5 bilhões.
"Os bancos vivem um período de fortes resultados. A receita de serviços do setor bancário, na média, equivale hoje a 120% das despesas com pessoal. Ou seja, dá para pagar esses custos e ainda sobra dinheiro", diz Rodrigues.
FSP

Um comentário:

Anônimo disse...

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