Morales destaca 'coincidências' e nega tensão com americanos
O presidente boliviano, Evo Morales, destacou ontem semelhanças na política antidrogas dos EUA e de seu país, especialmente na tese da “cocaína zero”. Durante entrevista coletiva para marcar o primeiro mês de seu governo, ele admitiu, porém, diferenças a respeito da pressão americana para intendificar a destruição de plantações de coca. Segundo ele, há coincidências na política de “cocaína zero” e divergências na de “coca zero”.
Morales encontrou-se no sábado – pela terceira vez desde que venceu as eleições de dezembro – com o embaixador americano na Bolívia, David Greenlee, e negou tensões com os EUA. Morales acusou “alguns meios de comunicação de tratar de levar a um conflito”. Nas últimas semanas, Morales falou por telefone com George W. Bush e com o subsecretário de Estado para a América Latina, Thomas Shannon.
Morales disse que seu maior desafio até aqui foi a greve de dez dias da principal companhia aérea nacional, a Lloyd Aéreo Boliviano (LAB). “Ao negociar esse tema da LAB, senti que sou prisioneiro da lei e da corrupção de alguns empresários”, disse, sem dar mais detalhes sobre os indícios de corrupção que teria encontrado.
Ele se disse desconfortável ao ser chamado de “sr. presidente”. “Nunca gostei do termo presidente, agora gosto de companheiro presidente ou irmão presidente (...), soa melhor.”
REUTERS
Nenhum comentário:
Postar um comentário