PCC pretendia distribuir folhetos criticando PSDB e imprensa
O PCC (Primeiro Comando da Capital) planejava distribuir a partir desta quinta-feira no Estado cerca de 120 mil panfletos apócrifos intitulados "Gritos dos oprimidos encarcerados", com críticas ao PSDB, à imprensa e ao Judiciário.
A revelação está no depoimento à polícia de Valdeci Francisco Costa, 43, o "Notebook", um dos supostos líderes da facção, preso ontem em Campinas (95 km a norte de São Paulo) com sua mulher. Para a polícia, Costa era contador do PCC.
Na casa onde eles foram presos, a polícia apreendeu cerca de 40 mil panfletos. Costa não revelou em quais cidades estão os outros 80 mil panfletos.
Segundo o delegado seccional de Campinas, Marcos Casseb, Costa disse que os 40 mil panfletos foram entregues a ele por representantes do PCC, para serem distribuídos. Ele não informou o local de impressão dos papéis, mas disse que vieram de fora de Campinas.
Pelo menos quatro contas bancárias abertas para movimentar recursos do PCC foram bloqueadas nesta semana durante a investigação sobre o suposto contador.
As contas bloqueadas eram movimentadas em dois bancos de Campinas, um de Praia Grande (SP) e um de Osasco (SP). A polícia não informou as quantias bloqueadas, mas disse que as contas tinham circulação muito rápida e o dinheiro quase não parava nos bancos.
A polícia agora rastreia as movimentações financeiras. As contas estavam no nome da mulher de Costa. O caso corre sob segredo de Justiça, pois houve quebras de sigilos bancários e interceptações telefônicas.
De acordo com o delegado Casseb, Costa era um dos dois chefes do PCC fora das prisões. "Ele tinha carta branca para agir. Já identificamos outros membros da facção", disse.
Além dos panfletos, a polícia apreendeu na casa de Costa cerca de 60 aparelhos celulares, laptops, rádios de comunicação, balanças de precisão, documentos, cheques e alguns boletos de uma rifa no valor de R$ 10 cada um. Os dois acusados não haviam indicaram advogados.
Folha
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