30.7.06

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Direção dita rumo, mas Estados têm autonomia

O MST tem uma direção nacional formada por representantes de cada Estado onde atua. Com a chegada a Roraima, agora são 24 Estados. Essa direção estabelece a linha estratégica da organização e define algumas ações conjuntas, como o abril vermelho - a onda de invasões em 2004.

As direções estaduais têm autonomia para definir táticas e ações localizadas, de acordo com a característica da região. Alguns líderes acabam se destacando mais, apesar da orientação para se evitar personalismos - existe até um rodízio no caso do porta-voz oficial da organização.

Entre os líderes regionais mais destacados estão Jaime Amorim, em Pernambuco, e José Rainha, em São Paulo. Esse último tende a agir de forma cada vez mais independente da direção.

A ofensividade do MST em Pernambuco, Estado que lidera de longe as invasões, deve-se em parte à tradição das Ligas Camponesas, organização que também defendia a reforma agrária e foi forte naquele Estado nos anos 50 e 60.
Estadão

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