Turistas espertalhões
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está livre para eventos turísticos e dispõe de nomes para se deslocarem a qualquer parte. Coordenam manifestações, prontos para qualquer viagem. Partem de seus estados em ônibus de luxo, recebem alimentação e diárias. São atendidos por médicos, freqüentam restaurantes populares com bom cardápio. Há o contratempo de, às vezes, terem de enfrentar a polícia. Noutros instantes, são acariciados pelos policiais que participam do mesmo pensamento. Liberam estradas e avenidas para o alegre caminhar. Invadem fazendas, repartições, universidades. Quebram muita coisa, dão prejuízos enormes, e o governo os favorece com as despesas. Famílias se deslocam em passeios a pé, entoando bordões contra autoridades e empresários. Protestam contra o leilão da Vale, transposição do São Francisco, corrupção de políticos e reforma universitária. Irritam o povo com a paralisação do trânsito. Depois do passeio, regressam ao local de origem. Com bandulho cheio, dinheiro no bolso, sempre dispostos a nova convocação. Nunca plantaram um pé de coentro. Mas vivem felizes no protesto sem entender do assunto. Fazem sua parte no inventário da maledicência em que se mantém o governo.
Correio Brasiliense
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