Caso Cuba mais perto da comprovação
A história dos dólares de Cuba, desacreditada pelos governistas, está cada vez mais próxima de ser comprovada. O depoimento do economista Vladimir Poleto, nesta quinta-feira (10), na CPI dos Bingos, foi marcado por tantas contradições que complicou ainda mais a situação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (2000-2002), Poleto disse que estava bêbado quando concedeu entrevista à revista Veja e, portanto, desmentiu a versão – contada por ele - de que teria transportado R$ 1,4 milhão de Cuba para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. A alegação do economista de que havia bebido demais irritou os parlamentares.
O senador Demóstenes Torres (GO) rejeitou a desculpa do excesso de bebida e a classificou como “embriaguez voluntária”. “Nem o jornalista abriu sua boca e o obrigou a beber nem vossa senhoria caiu em um tonel de cachaça”, ironizou. Durante o depoimento, a fita da entrevista a Veja foi reproduzida para os membros da CPI. A voz de Poleto não sugeria que ele tivesse bebido.
Para acabar com as contradições entre entrevistado e revista, o senador Heráclito Fortes (PI) sugeriu uma acareação entre Vladimir Poleto, e Policarpo Junior, repórter da Veja. O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse que a acareação poderia ocorrer já na próxima semana.
A CPI dos Bingos também aprovou dois requerimentos pedindo a prisão preventiva e o indiciamento de Poleto por falso testemunho. Requerimentos, cópias da gravação e as notas taquigráficas da reunião foram encaminhadas ao Ministério Público e à Polícia Federal.
Fernanda Domingues - PFL
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