É grave, mas muito grave, a denúncia do publicitário Marcos Valério, um dos principais arquitetos financeiros do Mensalão, revelada nesta terça-feira a noite no site novojornal.net, segundo a qual só não foi assassinado na recente prisão de 98 dias na Penitenciária do Tremembé, em São Paulo, porque “comprou” a proteção do Primeiro Comando da Capital, o PCC.
. Marcos Valério, que obedecia instruções do ex-tesoureiro do PT e também do ex-presidente do PT, Delúbio Soares e Zé Dirceu, ambos denunciados com ele como quadrilheiro ao STF, teve a cela invadida por quatro vezes seguidas, foi espancado, esfaqueado e acabou sem os dentes. O crime foi político. Valério não foi protegido em momento algum por seus carcereiros e tampouco os atentados de que foi vítima resultaram investigados. O que queriam seus agressores ? “Um DVD capaz de abalar os alicerces da república”, no dizer do próprio Marcos Valério.
. Não importa a qualidade dos crimes cometidos pelo publicitário, mas está fora de dúvidas a existência de uma articulação criminosa destinada a queimar arquivos, o que inclui o assassinato de Marcos Valério.
. Isto tudo está sendo feito nas barbas de todo mundo. Como no caso do maltrapilho atacado a pauladas sob uma das pontes da avenida Ipiranga, em Porto Alegre, a platéia assiste tudo com resignação bovina.
- A impunidade subjacente às omissões do governo Lula diante de crimes odientos como os do Mensalão, da Operação Satiagraha e dos Grampos, sem considerar os demais assaltos ao dinheiro público, estão por trás da devassidão moral e ética que conspiram contra a sociedade brasileira. Políbio Braga
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