Criado em 2007 na gestão de Marina Silva (PT) no Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Chico Mendes gastou R$ 1,8 milhão com cartões corporativos em 2008, 78% de tudo o que foi desembolsado por meio desse mecanismo na estrutura do ministério e todas as suas autarquias juntas (R$ 2,3 milhões).
Ao todo, 227 servidores usaram os cartões. As despesas foram feitas em mercadinhos, postos de gasolina e na compra de passagens de ônibus em Açailândia (MA), além de uma série de saques. A fatura lista gastos repetitivos, nos mesmos estabelecimentos, o que, pelas regras da CGU, seriam casos de licitação por não se tratar de despesa emergencial.
Quando foi lançado, a partir do desmembramento do Ibama, o Chico Mendes foi alvo de críticas da oposição, para quem o órgão seria um "cabide" para empregar petistas.
A diretora de Planejamento e Administração do órgão, Silvana Canuto, afirma que as despesas com os cartões "foram feitas em trabalhos de campo, em local de difícil acesso", e foram destinadas à alimentação de brigadistas e voluntários, apoio e manutenção de imóveis e de conselheiros.
Ela diz também que "vários contratos nacionais" entrarão em vigor a partir de 2009, mas que, "em razão da peculiaridade da missão do instituto, mesmo tendo contratos previamente licitados, o cartão continuará sendo a alternativa para atendimento das demandas". Painel
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