O chefe de inteligência do governo Barack Obama, Dennis Blair, ecoou ontem em informe ao Senado a dura retórica dos tempos de George W. Bush contra o venezuelano Hugo Chávez.
"Chávez provavelmente manterá seus nexos de várias décadas com as Farc e lhes dará refúgio, devido à sua afinidade ideológica com o grupo e seu interesse de influenciar a política colombiana", disse Blair, para quem a recente melhora nas relações entre Caracas e Bogotá não passa de "retórica".
O chefe de inteligência também apontou a Venezuela como ponte entre o Irã e a América Latina. "A relação pessoal entre o presidente do Irã, [Mahmoud] Ahmadinejad, e Chávez levou a relações bilaterais econômicas e militares mais fortes."
Blair disse que o Hizbollah, grupo libanês apoiado por Teerã e considerado terrorista pelos EUA, explorou os nexos de Chávez com o Irã e os controles frouxos de fronteira e financeiros da Venezuela para se instalar no país.
A fala de Blair contrasta com a de John Caulfield, encarregado de negócios da Embaixada dos EUA em Caracas -mais alto representante, já que o embaixador foi expulso em setembro-, que disse que o governo americano quer dialogar com autoridades venezuelanas após o referendo de domingo para "normalizar" as relações entre os dois países. Folha
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