30.5.09

Ministra adota discurso emocional e de candidata

Estadão

Participando do primeiro evento de inauguração ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que anunciou tratamento de quimioterapia para combater um câncer linfático, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, adotou discursos emocionais ao entregar as obras em favelas do Rio. Apresentada mais uma vez por Lula como mãe do PAC, Dilma criticou governos anteriores e defendeu a Petrobrás como instrumento de investimento social.

Ao ver um menino de Manguinhos nadando no complexo aquático inaugurado ontem, Dilma disse que estava emocionada. Nosso desafio é mudar a vida da população, dar dignidade, dar valores. Dar condições materiais, sim, mas dar também condições espirituais, autoestima, disse ela, que se colocou no lugar das mães da comunidade.

Um pouco pálida, mas aparentando boa disposição, Dilma referiu-se à doença indiretamente, agradecendo a solidariedade, as preces e a torcida.

A ministra retribuiu os elogios do governador Sérgio Cabral dizendo que a aliança com ele e o prefeito da capital, Eduardo Paes (PMDB), foi decisiva para empreender projetos na periferia. O presidente sempre diz que é muito difícil colocar em andamento uma coisa que parou. E o Brasil tinha parado de investir em educação, em saúde, não fazia obras como esta aqui. Para voltar a fazer, tivemos que brigar muito, nos esforçar muito, disse.

No Alemão, Dilma disse que o petróleo do pré-sal vai financiar o desenvolvimento social do País. Essa riqueza vai garantir que o Brasil tenha dinheiro suficiente para construir casas, diminuir a pobreza e dar saúde de qualidade igual àquela das camadas mais ricas, defendeu.

Segundo Dilma, a Petrobrás será uma grande financiadora de projetos sociais, proporcionando uma espécie de PAC do pré-sal. Enquanto isso, cerca de 30 sindicalistas petroleiros que estavam na parte reservada do palanque criticavam a CPI da Petrobrás no Senado.

Já em Manguinhos, Cabral também criticou a CPI e disse que o objetivo da oposição é tentar parar a locomotiva do Brasil. Mas ali os manifestantes eram contra Lula e Cabral. Quem não quiser ouvir reivindicação do povo, não se candidate a nada, disse Lula, que leu as faixas ao lado de governador fluminense.

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