Nove em cada dez reais recebidos por comitês financeiros dos partidos que ajudaram a eleger Luiz Marinho foram bancados pelo PT, aponta levantamento nas prestações de contas disponibilizadas pelo TSE. Sete das dez siglas aliadas tiveram 100% dos recursos doados por Marinho: PSC, PR, PSL, PTB, PHS, PTN e PV.
A campanha do petista é responsável por R$ 5 milhões dos R$ 5,4 milhões (93%) amealhados por comitês criados para abastecer campanhas dos candidatos a vereador, incluindo o comitê do PT. A farta distribuição de recursos alçou Marinho à condição de quinto maior doador geral das eleições, à frente de bancos e empreiteiras, como revelou a Folha.
A análise dos repasses feitos pelos partidos aos candidatos mostra que o bolo foi fatiado em partes quase iguais. À exceção dos seis petistas que se elegeram, poucos receberam quantias distantes da média de R$ 21 mil, para mais ou para menos. Nenhum dos 211 candidatos aliados conquistou vaga na Câmara Municipal.
Já os petistas eleitos -Antonio Carlos da Silva, Francisco Matias Fiuza, José Ferreira de Souza, Luiz Francisco da Silva, Paulo Dias Neves e Sebastião Mateus Batista- ganharam, em média, R$ 43,7 mil. Os recursos patrocinaram, principalmente, impressos -folhetos ou santinhos.
Os repasses a aliados somam 45% dos R$ 11,2 milhões arrecadados por Marinho, cuja campanha foi proporcionalmente a mais cara do país. Do total, R$ 6 milhões vieram dos diretórios Municipal, Estadual e Nacional do PT, e não diretamente dos doadores. Por isso sua origem é desconhecida -aproveitando brecha da lei.
Marinho e Frank Aguiar foram diplomados no dia 19, com os 21 vereadores. Entre os integrantes de seu governo está Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, que deixou o cargo acusado de envolvimento na quebra de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Mattoso ocupará a Secretaria das Finanças.
Mas o maior desafio de Marinho está relacionado diretamente à estratégia utilizada para elegê-lo: com candidatos demais, e apenas seis petistas eleitos vereadores, a oposição a ele é maioria na Câmara. Folha
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