Cháves diz que vai vencer
Se dizendo certo da vitória do "sim" no referendo da reforma constitucional venezuelana, neste domingo (2), o presidente Hugo Chávez voltou a ameaçar os suprimentos de petróleo fornecidos para os Estados Unidos, caso os norte-americanos interfiram no resultado da votação.
“Os Estados Unidos e o mundo têm que aceitar a vontade democrática do povo venezuelano”, disse Chávez em entrevista coletiva a 35 veículos de comunicação internacionais.
“Sei que os Estados Unidos apóiam planos para desestabilizar o país. Se isso acontecer, fechamos a chave do envio de petróleo. Podemos perder um pouco com isso, mas eles perdem mais.”
Chávez falou ainda da celeuma entre ele e o rei da Espanha, Juan Carlos. Disse que está analisando os contratos dos bancos espanhóis no país e que continua esperando um pedido de desculpas. O presidente venezuelano disse que o rei Juan Carlos havia lhe "enviado uma mensagem" e que espera que a suposta reflexão do soberano se torne pública.
Segundo Chávez, pode haver um contato entre as partes nos “próximos dias”, relacionado ao fato de o rei espanhol ter mandado que ele se calasse durante uma reunião da Cúpula Ibero-Americana, em Santiago do Chile.
A relação com a Colômbia também foi abordada. O presidente venezuelano disse que falta vontade política de Álvaro Uribe para fazer a paz com as Farc.
Os venezuelanos irão às urnas neste domingo (2) para votar no referendo que decidirá as mudanças na nova Constituição do país. O assunto é polêmico e vem provocando enfrentamentos entre estudantes e policiais há vários dias. Clique aqui para entender como funciona a reforma constitucional.
Na sexta-feira (30), milhares de partidários do presidente Hugo Chávez celebraram o fim da campanha pela aprovação da proposta do governo.
Depois de a oposição surpreender, lotando nesta quinta-feira (29) a avenida Bolívar no encerramento da campanha pelo "Não" à reforma constitucional, os chavistas responderam hoje pintando grande parte da cidade de vermelho e reunindo grupos muito maiores, tanto na mesma avenida, que corta o centro da cidade, quanto nas ruas e bairros próximos.
É difícil fazer uma comparação exata sobre a presença de apoiadores nos dois dias porque não foram divulgados, até agora, números oficiais sobre o público participante nos eventos.
Mas mesmo a cinco estações de metrô de distância, na zona leste da Caracas, centenas de pessoas andavam pelas ruas com camisetas e cartazes pelo "Sim", fazendo festas paralelas à reunião organizada para a avenida Bolívar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário