O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, teve que fazer um acordo de última hora, no início da noite deste domingo, com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e pequenos agricultores para evitar um protesto do grupo na primeira visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Roraima, nesta segunda. É o que mostra reportagem de Jaílton de Carvalho e Luiza Damé na edição desta segunda-feira do jornal O GLOBO, segundo a qual, o acerto, que inclui repasse de verbas para as famílias assentadas, pode custar ainda o cargo do superintendente do Incra, Titonho Bezerra, indicado para o posto pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Segundo a reportagem, no encontro, ficou acertado que Hackbart levará a proposta de exoneração de Titonho ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel e, se for o caso, também ao presidente Lula. O acordo, que deverá ser referendado nesta segunda, garante a liberação de R$ 18 mil para cada uma das famílias assentadas que até o momento não tiveram condições de iniciar a produção.
- O presidente ficou de assinar a ata e dar uma resposta sobre a demissão em 15 dias. Se ele assinar, não faremos protestos, como estava previsto - afirmou Ezequias David da Silva, coordenador local do movimento.
A reportagem mostra ainda que Hackbart considerou bom o acordo, e disse que o Incra de Roraima, com um orçamento de R$ 29 milhões, tem dinheiro suficiente:
- Terra também não falta. O que falta é organizar o trabalho.
A comitiva presidencial, porém, pode ser surpreendida com outros protestos. Arrozeiros, empresários e até índios descontentes com a demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol em terras contínuas estariam preparando uma manifestação contra Lula. O Globo
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