Presidente diz que esporte só é praticado por elite e que campos deveriam ser usados para edificações
Depois das recentes divergências sobre as bases militares na Colômbia, sobre a deposição de Manuel Zelaya em Honduras, sobre o relatório de drogas do Departamento de Estado, Washington e Caracas abriram ontem um novo front: o golfe.
"Uma vez mais Chávez, uma das figuras mais desagregadoras da região, saiu dos "limites do campo'", ironizou PJ Crowley, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, usando uma expressão do esporte de que é adepto.
No domingo, Chávez disse que o esporte só era praticado pela classe alta e que os campos de golfe deveriam ser usados para conjuntos habitacionais.
"Acho que esse é um esporte burguês, e não se justifica que no meio de uma cidade haja um campo de golfe, fazendo falta tanto terreno para edificações para o povo", afirmou, durante o programa "Alô, Presidente", gravado na cidade de Maracay, a cerca de 80 km a oeste de Caracas.
"Eu respeito todos os esportes, todos", disse Chávez, que no domingo atrasou em três horas o início do seu programa para assistir a um jogo de softbol pela TV. "Mas alguém pode dizer que esse [golfe] é um esporte popular. Não é, não é."
O "New York Times" noticiou que Chávez planeja desapropriar dois campos. O de Maracay seria usado para um conjunto habitacional ou uma universidade, e o de Caraballeda, para um parque infantil. (FM)
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