RIO - Um artigo publicado na edição desta semana da revista inglesa "The Economist" afirma que o filme "Lula, o filho do Brasil" é uma versão adocicada da vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O texto, intitulado "Lula, Higienizado", diz ainda que o personagem de Lula apresentado no filme "é bom de mais para ser verdade".
"Lula, filho do Brasil é a história de um garoto pobre que subiu na vida, cujas virtudes foram capturadas em close-up, mas cujos defeitos ficaram na mesa de edição", critica o artigo.
"Ele (Lula) é bom demais para ser verdade: estudante perfeito, marido perfeito e um político moderado que repudia a violência", completa.
O artigo ressalta ainda que há divergências até mesmo em relação ao livro que serviu de base para o filme. O incidente em que um diretor de uma fábrica é jogado de uma janela durante uma greve teria tido a aprovação de Lula. No filme, porém, o presidente deixa a fábrioca chocado.
"É uma pena. Uma versão com mais nuances não diminuiria a formidável trajetória e as conquistas de Lula", aponta o texto.
De acordo com a revista, o filme contribui para a criação do mito em torno de Lula e pode ajudar também sua candidata à sucessão presidencial, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
"Beneficiar-se de um pouco do carisma de Lula é a maior esperança para Dilma chegar à presidência em outubro e há sinais de que isso já esteja acontecendo", diz a reportagem. O Globo
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