Leonardo Coutinho, Igor Paulin e Júlia de Medeiros
Manoel Marques |
LEI DA SELVA Lula na comemoração da demarcação da Raposa Serra do Sol, que feriu o estado de Roraima |
VEJA TAMBÉM |
• Quadro: Um país loteado |
As dimensões continentais do Brasil costumam ser apontadas como um dos alicerces da prosperidade presente e futura do país. As vastidões férteis e inexploradas garantiriam a ampliação do agronegócio e do peso da nação no comércio mundial. Mas essas avaliações nunca levam em conta a parcela do território que não é nem será explorada, porque já foi demarcada para proteção ambiental ou de grupos específicos da população. Áreas de preservação ecológica, reservas indígenas e supostos antigos quilombos abarcam, hoje, 77,6% da extensão do Brasil. Se a conta incluir também os assentamentos de reforma agrária, as cidades, os portos, as estradas e outras obras de infraestrutura, o total alcança 90,6% do território nacional. Ou seja, as próximas gerações terão de se contentar em ocupar uma porção do tamanho de São Paulo e Minas Gerais. E esse naco poderá ficar ainda menor. O governo pretende criar outras 1 514 reservas e destinar mais 50 000 lotes para a reforma agrária. Juntos, eles consumirão uma área equivalente à de Pernambuco. A maior parte será entregue a índios e comunidades de remanescentes de quilombos. Com a intenção de proteger e preservar a cultura de povos nativos e expiar os pecados da escravatura, a legislação brasileira instaurou um rito sumário no processo de delimitação dessas áreas.
Os motivos, pretensamente nobres, abriram espaço para que surgisse uma verdadeira indústria de demarcação. Pelas leis atuQais, uma comunidade depende apenas de duas coisas para ser considerada indígena ou quilombola: uma declaração de seus integrantes e um laudo antropológico. A maioria desses laudos é elaborada sem nenhum rigor científico e com claro teor ideológico de uma esquerda que ainda insiste em extinguir o capitalismo, imobilizando terras para a produção. Alguns relatórios ressuscitaram povos extintos há mais de 300 anos. Outros encontraram etnias em estados da federação nos quais não há registro histórico de que elas tenham vivido lá. Ou acharam quilombos em regiões que só vieram a abrigar negros depois que a escravatura havia sido abolida. Nesta reportagem, VEJA apresenta casos nos quais antropólogos, ativistas políticos e religiosos se associaram a agentes públicos para montar processos e criar reservas. Parte delas destrói perspectivas econômicas de toda uma região, como ocorreu em Peruíbe, no Litoral Sul de São Paulo. Outras levam as tintas do teatro do absurdo. Exemplo disso é o Parque Nacional do Jaú, no Amazonas, que englobou uma vila criada em 1907 e pôs seus moradores em situação de despejo. A solução para mantê-los lá foi declarar a área um quilombo do qual não há registro histórico. Certas iniciativas são motivadas pela ideia maluca de que o território brasileiro deveria pertencer apenas aos índios, tese refutada pelo Supremo Tribunal Federal. Há, ainda, os que advogam a criação de reservas indígenas como meio de preservar o ambiente. E há também – ou principalmente – aqueles que, a pretexto de proteger este ou aquele aspecto, querem tão somente faturar. "Diante desse quadro, é preciso dar um basta imediato nos processos de demarcação", como já advertiu há quatro anos o antropólogo Mércio Pereira Gomes, ex-presidente da Funai e professor da Universidade Federal Fluminense.
Os laudos antropológicos são encomendados e pagos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Mas muitos dos antropólogos que os elaboram são arregimentados em organizações não governamentais (ONGs) que sobrevivem do sucesso nas demarcações. A quantidade de dinheiro que elas recebem está diretamente relacionada ao número de índios ou quilombolas que alegam defender. Para várias dessas entidades, portanto, criar uma reserva indígena ou um quilombo é uma forma de angariar recursos de outras organizações estrangeiras e mesmo do governo brasileiro. Não é por outro motivo que apenas a causa indígena já tenha arregimentado 242 ONGs. Em dez anos, a União repassou para essas entidades 700 milhões de reais. A terceira maior beneficiária foi o Conselho Indígena de Roraima (CIR). A instituição foi criada por padres católicos de Roraima com o objetivo de promover a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, um escândalo de proporções literalmente amazônicas. Instituída em 2005, ela abrange 7,5% do território do estado e significou a destruição de cidades, de lavouras e um ponto final no desenvolvimento do norte de Roraima – que, no total, passou a ter 46% de sua área constituída por reservas indígenas. Em dez anos, o CIR recebeu nada menos que 88 milhões de reais da União, mais do que a quantia repassada à delegacia da Funai de Roraima no mesmo período. Não é preciso dizer que a organização nem sequer prestou contas de como gastou esse dinheiro.
A ganância e a falta de controle propiciaram o surgimento de uma aberração científica. Antropólogos e indigenistas brasileiros inventaram o conceito de "índios ressurgidos". Eles seriam herdeiros de tribos extintas há 200 ou 300 anos. Os laudos que atestam sua legitimidade não se preocupam em certificar se esses grupos mantêm vínculos históricos ou culturais com suas pretensas raízes. Apresentam somente reivindicações de seus integrantes e argumentos estapafúrdios para justificá-las. A leniência com que a Funai analisa tais processos permitiu que comunidades espalhadas pelo país passassem a se apresentar como tribos desaparecidas. As regiões Nordeste e Norte lideram os pedidos de reconhecimento apresentados à Funai. Em dez anos, a população que se declara indígena triplicou. Em 2000, o Ceará contava com seis povos indígenas. Hoje, tem doze. Na Bahia, catorze populações reivindicam reservas. Na Amazônia, quarenta grupos de ribeirinhos de repente se descobriram índios. Em vários desses grupos, ninguém é capaz de apontar um ancestral indígena nem de citar costumes tribais. VEJA deparou com comunidades usando cocares comprados em lojas de artesanato. Em uma delas, há pessoas que aderiram à macumba, um culto africano, pensando que se tratasse da religião do extinto povo anacé. No Pará, um padre ensina aos ribeirinhos católicos como dançar em honra aos deuses daqueles que seriam seus antepassados.
Casos assim escandalizam até estudiosos benevolentes, que aceitam a tese dos "índios ressurgidos". "Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente de cultura indígena original", diz o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Declarar-se índio, no entanto, além de fácil, é uma farra. No governo do PT, basta ser reconhecido como índio para ganhar Bolsa Família e cesta básica. O governo gasta 250% mais com a saúde de um índio – verdadeiro ou das Organizações Tabajara – do que com a de um cidadão que (ainda) não decidiu virar índio. O paradoxo é que, em certas regiões, é preciso ser visto como índio para ter acesso a benesses da civilização. As "tribos" têm direito a escolas próprias, o que pode ser considerado um luxo no interior do Norte e do Nordeste, onde milhões de crianças têm de andar quilômetros até a sala de aula mais próxima. "Aqui, só tinha escola até a 8ª série e a duas horas de distância. Depois que a gente se tornou índio, tudo ficou diferente, mais perto", diz Magnólia da Silva, neotupinambá baiana. Isso para não falar da segurança fornecida pela Polícia Federal, que protege as terras de invasões e conflitos agrários. "Essas vantagens fizeram as pessoas assumir artificialmente uma condição étnica, a fim de obter serviços que deveriam ser universais", constata o sociólogo Demétrio Magnoli.
A indústria da demarcação enxergou nas pequenas comunidades negras mais uma maneira de sair do vermelho e ficar no azul. Para se ter uma ideia, em 1995, na localidade de Oriximiná, no Pará, o governo federal reconheceu oficialmente a existência de uma comunidade remanescente de um quilombo – e, assim, concedeu um pedaço de terra aos supostos herdeiros dos supostos escravos que supostamente viviam ali. Desde então, foram instituídas outras 171 áreas semelhantes em diversas regiões. Em boa parte delas, os critérios usados foram tão arbitrários quanto os que permitiram a explosão de reservas indígenas. Também no caso dos remanescentes de quilombolas, a principal prova exigida para a demarcação é a autodeclaração. Como era de esperar, passou a ser mais negócio se dizer negro do que mulato. "Desde que o governo começou a financiar esse tipo de segregação racial, os mestiços que moram perto de quilombos passaram a se declarar negros para não perder dinheiro", diz a presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, Helderli Alves. Índio que não é índio, negro que não é negro, reservas que abrangem quase 80% do território nacional e podem alcançar uma área ainda maior: o Brasil é mesmo um país único. Para espertinhos e espertalhões.
Os novos canibais
A foto acima parece estranha – e é. O baiano José Aílson da Silva é negro e professa o candomblé. Seu cocar é de penas de galinha, como os que se usam no Carnaval. Silva se declarou pataxó, mas os pataxós disseram que era mentira. Reapareceu tupinambá, povo antropófago extinto no século XVII. Ele é irmão do também autodeclarado cacique Babau, que vive em uma área que nunca foi habitada pelos tupinambás. Sua "tribo" é composta de uma maioria de negros e mulatos, mas também tem brancos de cabelos louros. Há seis anos, o grupo invade e saqueia fazendas do sul da Bahia, crimes que levaram Babau à prisão. Seu irmão motorista também esteve na cadeia, por jogar o ônibus sobre agricultores. As contradições e os delitos não impediram a Funai de reconhecê-los como índios legítimos e de oferecer-lhes uma reserva gigantesca, que englobaria até a histórica Olivença, um das primeiras vilas do país. |
Teatrinho na praia
Os boraris viviam em Alter do Chão, a praia mais badalada do Pará. Com pouco mais 200 pessoas, a etnia assimilou a cultura dos brancos de tal forma que desapareceu no século XVIII. Em 2005, Florêncio Vaz, frade fundador do Grupo Consciência Indígena, persuadiu 47 famílias caboclas a proclamar sua ascendência borari. Frei Florêncio ensinou-lhes costumes e coreografias indígenas. O "cacique" Odair José, de28 anos, reclamou do fato de VEJA tê-lo visitado sem anúncio prévio. "A gente se prepara para receber a imprensa", disse. Seu vizinho Graciano Souza Filho afirma que "ele se pinta e se fantasia de índio para enganar os visitantes". Basílio dos Santos, tio do "cacique", corrobora essa versão: "Não tem índio aqui. Os bisavôs do Odair nasceram em Belém". |
Macumbeiros de cocar
Os cearenses de São Gonçalo do Amarante vivem um tormento. Sede do Porto de Pecém, o município esperaabrigar uma refinaria, uma siderúrgica e um complexo industrial. Um padre, no entanto, convenceu seus fiéis de que esses investimentos os expulsarão do local. Sua única saída para ficar lá seria declararem-se indígenas. "Querem nos tirar terras que nossos pais e avós compraram com muito suor", reverbera o agente de saúde Francisco Moraes. Eles, então, compraram cocares, maracas e passaram a se pintar. "A gente sempre foi índio, só não sabia", diz Moraes, que agora se apresenta como "Cacique Júnior" e cultiva supostos hábitos dos índios anacés, extintos há 200 anos. "Faço macumba e a dança de São Gonçalo." A questão é que a origem da macumba é africana e a da dança, portuguesa. |
Made in Paraguai
Há dezoito anos, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) importou índios paraguaios e argentinos para o Morro dos Cavalos, em Santa Catarina. Hoje, vivem lá dezessete famílias. A maioria dos imigrantes só se expressa em espanhol, mas todos foram orientados a se declarar brasileiros. "A Funai e o Cimi falam para a gente dizer que é carijó", diz o guarani Milton Moreira, de 49 anos. Paraguaio, ele chegou a Santa Catarina quando tinha 6 anos, mas foi sua presença no local que embasou o pedido de criação da reserva. Curiosamente, Moreira se opõe à demarcação. "Cresci aqui porque meu pai não tinha mais onde me criar. Se esses antropólogos querem botar índio em qualquer lugar, por que não põem a gente para morar no apartamento deles?", pergunta Moreira. |
Índio bom é índio pobre
Em 2000, cinquenta famílias de guaranis se mudaram para uma praia em Peruíbe, no Litoral Sul de São Paulo. A terra que eles ocuparam é infértil, mas ainda assim poderiam ter feito um ótimo negócio. O empresário Eike Batista queria construir um porto no local e ofereceu aos índios uma fazenda produtiva, com infraestrutura, dois rios, um pesque-pague e até caça. Mais: daria 1 milhão de reais a cada família. A tribo tirou a sorte grande – ou quase. A Funai barrou o acordo em 2007. Alegou que os sete anos de ocupação irregular da área converteram os índios em moradores tradicionais do local. A chefe Lílian Gomes (em pé, ao fundo) lamentou. Moradora da região desde 2002, ela é casada com um caminhoneiro (branco), tem carro, TV, computador, faz compras no supermercado e não conseguiu impedir a Funai de enterrar a melhor oportunidade de ascensão social que seus liderados tiveram. |
Problema dos brancosTrezentos pequenos agricultores das gaúchas Erechim, Erebango e Getúlio Vargas estão prestes a perder suas terras. Em 2006, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) transferiu para a região um grupo de 63 guaranis de outros locais do Rio Grande do Sul. Os índios ergueram uma favela em volta de fazendas constituídas por italianos, alemães e poloneses há mais de 150 anos. Estão vivendo em condições subumanas. "A gente veio para cá porque o Cimi prometeu mais terras, mas estamos na miséria", diz um dos líderes guarani Severino Moreira (o primeiro à esquerda). Seu sofrimento é passageiro. A Funai declarou que a terra é uma área tradicional dos índios, sugeriu a criação de uma reserva no local e a expulsão dos colonos. São esses últimos, agora, que terão problemas. |
Os "carambolas"
Nunca se soube da existência de quilombos no Amazonas. Mas há quatro anos apareceu um em Novo Airão, a noroeste de Manaus. Lá, 22 famílias se declararam herdeiras de escravos fugidos. Até então, elas contavam outra história: descenderiam de sergipanos que, há 100 anos, teriam imigrado para trabalhar na coleta do látex. Em 1980, a comunidade entrou em um limbo jurídico. Naquele ano, o governo incluiu sua vila no Parque Nacional do Jaú. As famílias passaram a viver ilegalmente na área. O Ministério do Desenvolvimento Agrário resolveu o problema convertendo-os em quilombolas – ou "carambolas", como eles se autodenominam. "A gente virou ‘carambola’ para não perder a terra", diz Edneu Mendes. |
Não basta ser negro
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) dividiu uma comunidade negra que vive na região central do Rio Grande do Sul desde o início do século XIX. O Incra demarcou na área um quilombo chamado São Miguel. Parte dos negros se opôs ao processo. José Adriano Carvalho explica por quê: "O Incra veio com papo de regularizar minhas terras, mas, quando mostrei que a documentação estava em ordem, eles disseram que a intenção era tirar os brancos daqui", afirma. Carvalho se recusou a declarar que era descendente de quilombolas e, por isso, pode ser expulso da terra onde nasceu, há 68 anos. |
125 comentários:
Um monte de mentiras! Parabéns! Isso é revista Veja a direita "culta". O Maluf adorou! Cuidado que o Pajé agora conhece seus nomes. Não vão faltar feitiços, que visam curar a ervilhinha que balança na cabeçinha dos jornalistas de quadrilha.
Uai sô?! A Ku Klux Klan mudou-se para o Brasil após a eleição do Obama?! E encontraram emprego na Veja?!
Recebi por e-mail e disponho aqui no blog o absurdo que representa esta matéria:
Ao Editores da revista Veja:
Na matéria "A farra da antropologia oportunista" (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010), seus autores colocam em minha boca a seguinte afirmação: "Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente cultural original" . Gostaria de saber quando e a quem eu disse isso, uma vez que (1) nunca tive qualquer espécie de contato com os responsáveis pela matéria; (2) não pronunciei em qualquer ocasião, ou publiquei em qualquer veículo, reflexão tão grotesca, no conteúdo como na forma. Na verdade, a frase a mim mentirosamente atribuída contradiz o espírito de todas declarações que já tive ocasião de fazer sobre o tema. Assim sendo, cabe perguntar o que mais existiria de "montado" ou de simplesmente inventado na matéria. A qual, se me permitem a opinião, achei repugnante. Grato pela atenção,
Eduardo Viveiros de Castro
Antropólogo - UFRJ
Eduardo Viveiros de Castro postando comentário na matéria on-line: OWNED!
Depois dessa... XD~~
Concordo com o Marcos. É uma explicita situação de racismo extremo. Conheço duas situações das sitadas na "reportagem". Em Novo Airão e no Jaú. Ambas são reivindicações legítimas e temos que cumprir a lei reconhecendo seus territórios. Em Novo Airão, basta conversar mais profunda,ente com as pessoas para percebermos a legitimidade histórica. Agora, temos que ser um trabalho sério e não meras visitas na área Como alguns "ambientalistas" e afins contrários aos direitos constitucionais desses povos têm feito.
Reportagem absurda. Por tudo o que diz. E por usar mentirosamente as palavras de um antropólogo como Viveiros de Castro. A reportagem só mostra preconceito e discriminação. Estudem antes de falar tais asneiras, que são sensacionalistas, mentirosas e apenas simplificam processos complexos, e muitas vezes dolorosos, para os povos indígenas em processo de etnogênese.
Juliana Melo
Doutora em antropologia social
Mais uma vez a Veja se coloca, de forma prepotente e de má fé, como defensora de grandes empresas e do agronegócio em detrimento de populações históricamente oprimidas e excluídas. A "etnogênese" não é fenômeno exclusivo do Brasil, mas está associada a complexos processos de formação de estados-nação que se constituiram a partir do etnocídio e da exclusão social dos povos originários.
Ricardo Pereira - Mestre em Antropologia Social
A repugnante matéria publicada pela revista Veja pelo menos tem a vantagem de ser clara, logo em seu primeiro parágrafo, quanto as opções ideológicas de seus autores: apontando promessas de desenvolvimento e progresso para as gerações futuras quer obliterar a consciência que devíamos ter quanto as gerações escravizadas e oprimidas de nosso passado, que apesar de tudo teimam em reinvindicar justiça, justiça histórica, no presente. Esta operação ideológica possui seu equivalente histórico muito conhecido: foi com tais promessas de liberação das gerações futuras que a social-democracia alemã dos inícios do século XX [que, como sabemos, gestou "democraticamente" o hitlerismo] traiu o povo alemão, mergulhando o mundo inteiro na pior de todas as guerras. Lamentável...
Qual a surpresa? AVeja representa o que há de pior no " jornalismo" brasileiro.
A imprensa brasileira parece estar caindo de tão podre!
Não pude deixar de me manifestar também, como um etnólogo em início de carreira e conhecendo os processos de conflito agrário, cultural e social destes povos na Amazônia, não acredito que haja nesta EMPRESA Revista VEJA, alguém que possa definir o teor científico dos métodos antropológicos das Políticas Públicas do Estado Brasileiro. São apenas jornalistas que para também ganhar o seu ($$$) utilizam de um meio de comunicação de massa para apresentar seu preconceito racial, cultural e político. Os países que chamamos de mais desenvolvidos, como os nórdicos (Noruega, Dinamarca...) não deixaram de ser capitalistas para assegurarem direitos imprescindíveis aos seus cidadãos, a ver que a equipe da VEJA ainda está historicamente "atrasada" discutindo queda do Capitalismo, emancipação do Socialismo... É de assustar a ignorância desses profissionais, mesmo que eu saiba que ignorância não é, é mesmo posicionamento e como eles abertamente se declaram defensores do Capitalismo Selvagem, como Extraterrestres que necessitam absorver todas as potencialidades do país, sem se preocupar com os resíduos que nossas gerações futuras terão. Hoje no século XXI sabe-se que não se necessita de grandes latifúndios para se ter uma produção como as que eles almejam. Genteeeeeee, enquanto os europeus se arrependem e rediscutem suas ações com relação aos seus ambientes, eles (A VEJA e seus financiadores) querem como burrice utilizar os métodos impertinentes de "desenvolvimento" econômico??? Pena saber que a grande "massa" vítima das ondas de ideologias mentirosas como esta da VEJA não tem ferramentas pra refletir sobre tal polêmica. E quem não é da Antropologia nunca vai ter ferramentas suficientes para polemizar e até mesmo discutir tais parâmetros. A VEJA por sua vez, não apresenta também o outro lado do agronegócio e do suposto desenvolvimento que prega. Com relação a este tema, claro há dois lados também, mas aqui qual somente foi apresentado VEJA??? Mas a VEJA quer que vejamos com os seus olhos (seus que não sabemos ao certo de quem são) nominalmente... Uma lástima ter um produto deste sendo veiculado no país... Uma vergonha ler um material dessa estirpe!
A VEJA em campanha...
Fala sério!! 90 por cento do território brasileiro é de terras indígenas, quilombolas e de reservas ambientais? e isso equivale ao estado de são paulo e minas gerais juntos? kkk.... não deu nem vontade de ler o resto das mentiras que esse projeto de manipulador tentou escrever!!!!! Volta para aula de matemática e história.. se conseguir se dá bem nessas disciplinas, pode até chegar a estudar um pouco de antropologia!!
Essa direita um dia ainda me mata de rir!!!
Onde a VEJA pensa que está? No país dos "puros"? Negando uma diversidade de povos e comunidades tradicionais que vive com tão pouco num país que lhe concede quase nada!!!! reportagem absurda que reproduz o mais ridículo racismo!!!!
Alguns saberão que sou...LSB
Não sei se ainda vale escrever algo nesse blog ou dar qualquer ibope a isso. Sou cientista social com habilitação em atropologia e indigenista a 15 anos. Lendo atentamente as reportagens percebo não mentiras, mas uma falta total de conhecimento do pais em que o escritor vive. Uma falta de cultura e conhecimento na área de história que assusta. Qualquer pessoa que tenha estudado um pouquinho de nossa história sabe que somos um povo miscigenado (graças a Deus) e que em sua maioria contamos com índios e negros (graças a Deus de novo). Sim, vários quilombos foram descobertos depois do fim da escravatura...óbvio...nada de novo.
E os índios...ah esses sempre explorados, expropriados, escravizados, esbulhados em seus direitos. Apenas a título de informação para o (a) escritor (a)desse blog, a temática indígena é tratada no art 231 e 239 da Constituição Federal do Brasil e a demarcação de terras é normatizada por meio de Devreto do Ministério da Justiça. E todos os profissionais que avaliam relatórios são sérios e capacitados para uma avaliação séria. E coitado de quem acha que antropólogo é rico....rsrsr
Apenas aqueles que trabalham contra a questão indígena e fazem contra laudos, ganhando de fazendeiros e grandes empreendedores ficam riocs...tipo Hilario Rosa da vida...
A Veja sempre foi e sempre será um veículo muito ruim e com profissionais terrives, mal formados e mal amados.
E o Eike Batista dando dinheiro por aí? Que tal? Eles pelo menos são criativos nas piadas, se esforçando pra fazer com que todos percebam o absurdo
Olá a todos. Também me impressionou essa reportagem e sabemos que em se tratando da Veja, é fácil diagnosticar por onde sopram esses ventos. No entanto, fico me perguntando onde se sustenta esse tipo de argumento, o que o motiva e o que o faz ter alguma legitimidade e ressonância. Qual a proporção entre processos de emergência étnica acolhidos positivamente pelo estado e os considerados improcedentes? O que motiva essa onda de etnização? Quais os interesses nisso? Faço essas perguntas porque realmente é muito questionável, não para os antropólogos que defendem a etnização praticamente como ofício, mas para vários setores da sociedade. E se todos os ribeirinhos, mestiços, negros, camponeses etc desse país demandarem reconhecimento por identidade étnica diferenciada? o que de algum modo é possível tal reação em cadeia. É legítimo? Sim, é legítimo. É procedente? Não necessariamente. Aí é que mora o cerne da discussão. Seria a antropologia a ciência do reconhecimento a qualquer custo? Não é poder discricionário demais e interferência desregrada sobre questão que deveria ser tratada com desapego, isenção e profissionalismo? Repudio o viés escolhido pela veja para diagnosticar a problemática, mas não acho a motivação absurda. O que faz com que os antropólogos se movimentem para contra-argumentar e aprimorar a reflexão e a prática de defesa etnogênica...
O que me espantaria, não fosse o amplo histórico de absurdos cometidos pela imprensa tendenciosa e conservadora representada pela Veja na última década.
Mais do que deplorável, mais do que esperado. O que me consola é que, a cada dia que passa, as pessoas cada vez mais se dão conta de que esse falacionismo irresponsável não pode ser chamado de jornalismo.
Sds,
A Veja é preconceituosa, racista, não possui nenhum embasamento antropológioco em suas afirmações, citaram o prof. Eduardo Viveiros de Castro de uma forma totalmente descontextualizada e sem sua permissão e ainda mais: toda essa reportagem não passa de apoio político (politicagem) aos latifundiários, monocultores do agronegócio que em nada dizem respeito ao povo brasileiro. Por essas e outras é que sou adepta ao ditado contemporâneo: "Leu na Veja, azar o seu!"
Essa revista é uma vergonha nacional.
Resposta do professor Viveiros de Castro a essa matéria falaciosa:
http://docs.google.com/View?id=dgnk7jn8_6573h5fcp
Aos Editores da revista Veja:
Na matéria "A farra da antropologia oportunista" (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010), seus autores colocam em minha boca a seguinte afirmação: "Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente cultural original".
Gostaria de saber quando e a quem eu disse isso, uma vez que (1) nunca tive qualquer espécie de contato com os responsáveis pela matéria; (2) não pronunciei em qualquer ocasião, ou publiquei em qualquer veículo, reflexão tão grotesca, no conteúdo como na forma.
Na verdade, a frase a mim mentirosamente atribuída contradiz o espírito de todas declarações que já tive ocasião de fazer sobre o tema. Assim sendo, cabe perguntar o que mais existiria de "montado" ou de simplesmente inventado na matéria. A qual, se me permitem a opinião, achei repugnante.
Grato pela atenção,
Eduardo Viveiros de Castro
Absurdo o que a Veja mais uma vez publica. E o pior de tudo é saber que é um veículo de comunicação dos mais lidos no país.
A Veja tinha que ter vergonha na cara e parar de inventar tamanhas mentiras só pra tentar apoiar os seus interesses, bastante partticulares e preconceituosos por sinal.
Uau! Poxa, o Eike Batista realmente se mostrou um visionário, almejando o desenvolvimento do país ao construir um porto, hein?! Que grande patriota ele é! Como a FUNAI e o estrato social que ela protege são capazes de rejeitar uma oferta tão generosa, "uma fazenda produtiva, com infraestrutura, dois rios, um pesque-pague e até caça. Mais: daria 1 milhão de reais a cada família"?
Essas linhas são vergonhosas, tristes.
Tenho medo de até onde o panfletinho Civita pode ir, a julgar pelas recentes matérias en volvendo o ensino da Sociologia no Ensino Médio...
Revista Veja:
RACISTA E TENDENCIOSA
Não sei a viabilidade, mas gostaria de denunciar a Veja por racismo...
toda essa reportagem me deu nojo.
Revista preconceituosa, deturpadora de fatos... os escrúpulos dos editores da VEJA foram todos pro espaço...
Sei que muito do que foi dito não tem fundamento, mas infelizmente existe, sim, pessoas e entidades que utilizam a política pública para se favorecerem. Criando Quilombos, dando assim margem para reportagens com essa. Posso afirmar pois sou servidor do INCRA.
Aos Editores da Revista Veja,
Infelizmente, as pretensas provocações a opinião pública que a imprensa deveria promover, apenas acontecem por meio de reportagens falaciosas. Uma pérola de superficialidade jornalística que tenta jogar contra a opinião das classes médias e elite contra comunidades há muitos anos violentadas pela ação colonizadora e ainda hoje espoliadas pelo "direito" que as tornaram brasileiras. Não basta apenas apelar para o nacionalismo pobre, que não é capaz de reconhecer a imensa diversidade presente não só no paraíso da mestiçagem, mas em todas as nações de hoje. Tem que se apelar também para o questionamento científico,dos antropólogos, profissionais, que não sem seus problemas (parte de todos os campos de trabalho) vem se esforçando há muito tempo para compreender e mediar a relação com comunidades indígenas e quilombolas.
Lamentável reflexão esta da reportagem, que inclui aos territórios demarcados os assentamentos de reforma agrária, uma ótima relação para entender qual o progresso defendido pela revista, o progresso do agronegócio, curiosamente cultivando campos até os confins da amazônia, para levar a produção para longe, muito longe das necessidades locais, da nação inventada pelos repórteres da Veja.
Lamentável,
Atenciosamente.
Mauricio Acuña
Essa matéria se é podemos chamar disso, porque não passa de uma matéria racista e tendenciosa o que na verdade é um desrespeito contra o Brasil, os povos indigenas, quilombolas e todos os antropólogos. Essa "coisa política" é nojenta, forjando dados e tentando dar credibilidade com pessoas importantes que não disseram nada daquilo. O que isso? Acho que a VEJA veio num navio expedicionário do agrobussines com uma bandeira de um partido lá em cima...talvez por dobrões... por tentar deslegitimar territórios que querem explorar... que vergonha.
Quantos absurdos nesta vil reportagem. Vocês deveriam no mínimo ser multados por racismo. O racismo no Brasil é crime mas é tão sutil que a nossa justiça tem dificuldades de identificar estes atos.
Ilka Oliveira
A revista (in)veja continua prestando seus desserviços à nação brasileira, desdenhando de suas múltiplas origens culturais e de sua sociodiversidade, patrimônio desse território complexo que constitui o Brasil. Sou ecóloga e trabalho com seringueiros e indígenas na Amazônia há mais de 15 anos. Mesmo não sendo antropóloga, estou perplexa com tanto preconceito e ignorância disseminados por essa mídia inescrupulosa.
Até onde a matéria é mentirosa? Ou os q a acusam acreditam que o extremo interior do país é perfeito e longe de golpistas e corrupção, onde pessoas tentam a todo custo mamar nas tetas do governo e de quem não pode se defender...
se 10% do q foi dito é verdade, já é um grande absurdo...
Os Espertalhões e a Veja-I
Acabei de ler o artigo da veja “A Farra da Antropologia Oportunista” e fiquei estarrecida com a forma bem articulada e ordenada de encobrir verdades, explicitar meias palavras e escancarar depoimentos – escolhidos a dedo – de supostas autoridades discursivas.
Como antropóloga e jornalista percebo, como muitos de vocês, o caráter declaradamente parcial da linha editorial da revista, que de fato não pretende se apresentar como um meio de comunicação que ponha em discussão os dois ou mais lados de uma questão. Sua pretensão é a da formação de opinião a partir de um posicionamento parcial, enfático e carregado de uma expressividade de “dona da verdade”, baseada na longa data de existência e, para grande parte do público que a lê, na suposta seriedade de seus artigos – já que não podemos chamar de matéria jornalística escritos tão escancaradamente opinativos como os deste periódico.
Até aí nada de errado, já que a revista se declara abertamente opinativa, não escondendo portanto sua parcialidade. Escrevo, no entanto, a fim de percebermos a forma como a revista pega cada uma das informações e cuidadosamente as seleciona para ir além da opinião e distorcer, omitir e comprometer o posicionamento ético que supostamente acalenta. Começando com as autoridades discursivas citadas – Mércio Pereira Gomes e Eduardo Viveiros de Castro – que demonstram um olhar não só reconhecidamente parcial com relação ao processo de fortalecimento de identidades étnicas no país, como tiveram suas frases escolhidas a dedo para corroborar com uma perspectiva de “originalidade cultural” e de deslegitimação do processo de regularização de territórios indígenas – se é que foram mesmo frases deles, pois o Viveiros de Castro já desmentiu a presença de qualquer fala sua no artigo.
Por outro lado, o artigo explicita meias verdades, ao citar no box “índio bom é índio pobre”, o caso de um grupo que, por “culpa” da Funai, teria perdido a oportunidade de vender seu território, em troca de 1 milhão de reais para cada família. Ora, sabemos que, por lei as terras indígenas são propriedade da União e de posse coletiva dos Guarani, sendo inalienáveis, o que evidentemente – mas não tão evidentemente no artigo – impossibilita qualquer tipo de negociação. Por outro lado, ficou explícita a perspectiva preconceituosa como foi caracterizada a liderança do grupo, que segundo a revista é “casada com um caminhoneiro (branco), tem carro, tv, computador, faz compras no supermercado” – fiquei pensando se ela seria mais poupada se fizesse compras em alguma vendinha local.
São tantas as meias verdades, que parece difícil numerar todas. Temos, por exemplo, o momento em que são citados os Anacé (CE), como grupo que faz macumba por achar que seria indígena, o que o artigo trata de declarar como um erro, já que se trataria de um “culto africano”. Omitindo, de forma perspicaz, o fato de que os grupos indígenas ao longo dos anos não viveram envoltos em uma bolha cultural, mas estabeleceram relações – de forma enfática naquela região – com populações de origem africana, do que derivaram formas culturais ampliadas, englobando a realidade religiosa dessas pessoas.
Os Espertalhões e a Veja-II
Curiosamente, ao citar os laudos antropológicos, segundo a Veja elaborados “sem nenhum rigor científico e com claro teor ideológico de uma esquerda que ainda insiste em extinguir o capitalismo, imobilizando terras para a produção”, se depõe de forma criminosa – que seria melhor ressaltada através de um processo movido pela ABA – contra o trabalho de profissionais que têm no rigor científico sua base de ação, desmerecendo processos reflexivos multidisciplinares, que vão além da antropologia, englobando saberes não só das ciências sociais, como também históricos, geográficos, ambientais e jurídicos, para citar apenas algumas das disciplinas envolvidas na feição do documento.
Os ataques foram bem alimentados com informações cuidadosamente embaralhadas – como a de englobar em um mesmo percentual (77,6%) as terras indígenas, quilombolas, assentamentos e reservas florestais, como de áreas improdutivas (e o montante sobe para 90,6% quando incluem cidades e infraestrutura). Fiquei me perguntando o que, afinal, seria o que o artigo chama de “território para produção e desenvolvimento”. Porque produtivas as terras indígenas, quilombolas e os assentamentos também são, como temos centenas de exemplos. E até mesmo em áreas de preservação, onde está crescendo a consciência de um manejo sustentável para as famílias que tiram seu sustento das florestas. Afinal, para quem se geraria renda com o que foi definido como “agronegócio” pela veja? A grandes conglomerados empresariais? A mega empresários que pouco ou nada trazem em troca para o país, além de seus nomes divulgados na lista dos mais ricos do mundo (e o que afinal isso contribui para a vida dos brasileiros???)
A Veja parte de uma imoralidade ética e ofensiva não só às comunidades tradicionais, antropólogos e indigenistas como também ao próprio jornalismo. Um olhar preconceituoso, tanto do que seria as comunidades tradicionais e assentados rurais quanto da perspectiva de desenvolvimento, que pelo que pude ver se refere a uma visão elitista e antiquada, destinada a negócios que gerem renda para a pequena parcela de privilegiados economicamente. Desmerecendo inclusive a crescente onda de valorização pela comunidade internacional do trabalho familiar e do comércio responsável, que incentiva a produção local e o manejo tradicional de recursos naturais.
Beira a vergonha a forma escancarada como se ataca os personagens apresentados na matéria, e como se transforma uma reivindicação que, evidentemente, tem também seu caráter político, em uma estratégia de “espertalhões”, para se apossarem de terras que poderiam estar nas mãos produtivas do “agronegócio”. Uma jogada de mestre desta revista, que transforma a reivindicação de grupos tradicionais em um simples jogo por dinheiro, e que coloca os “cidadãos brasileiros” como vítimas de índios, quilombolas e assentados – que, pelo visto, não são brasileiros, e muito menos cidadãos.
HAHAHAHAHAHAHAAH! Gente, que isso. Só indo mesmo. O cara "prometeu um rio" pros índios? Isso quer dizer que ele tinha um rio?
Estado-multi-étnico é só lá na casa do chapéu: aqui somos todos "brasileiros" (estilo Veja).
HAHAHAHAHAHAHAAH! Gente, que isso. Só indo mesmo. O cara "prometeu um rio" pros índios? Isso quer dizer que ele tinha um rio?
Estado-multi-étnico é só lá na casa do chapéu: aqui somos todos "brasileiros" (estilo Veja).
Lamentável essa matéria... Totalmente tendenciosa.
Texo infeliz, medíocre e altamente tendencioso. Não entendo (bem... eu entendo) como a Veja pode acusar os laudos antropológicos de "tendenciosos", defensores ideológicos dessas populações. E a Veja defende quem? Estão todos putos com inegável melhora do país a partir do governo Lula e não aceitam, é isso.
Saúde e liberdade!
Se a Veja deseja ver,
deveria por um monóculo no 3o. olho, só pra ver o temanho da defecada.
Nú! É tão bizarro que podíamos até nem dar atenção, essa galera se detona por conta própria! Porém, seguimos dialogando, tentando evitar estragos por ausências, mesmo que assim levemos essas porradas no olho de nossa ação... continuamos.
Conforme diria Viveiros de Castro:
"Tudo é igualmente diferente"
É incrível
como essa lógica burguesa pode dominar os meios de comunicação ditos
"refinados" na sociedade de brasileira, influênciando e reforçando
cada vez mais um modo de vida no qual produção significa "latifúndio"
e cidadania se destina à "gente de bem".
Não somos
apenas nós antropólogos enquanto categoria os antingidos por esta matéria insana. São todas as minorias "improdutivas"
(índios e quilmbolas) que tomam "mais de 70% das terras do país", são
todos os futuros beneficiários de uma possível reforma agrária que são
atingidos por esta reportagem indecentemente burguesa.
leu na veja? azar o seu!
PUTA MERDA!
Veja escancarou o que há muito alguns sabiam.
Está no livro “Tribalismo Indígena – Ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI”, de Plinio Corrêa de Oliveira, lançado há mais de 30 anos, no qual o autor previu toda a trama que está por traz do movimento indigenista. Nas duas últimas edições, Nelson Ramos Barretto e Paulo Henrique Chaves atualizam os dados e demonstram como 30 anos depois a obra está atualíssima, constituindo-se esse movimento numa ofensiva radical para levar à fragmentação social e política da nação.
No livro “A Revolução Quilombola – Guerra Racial, confisco agrário e urbano, Coletivismo”, Nelson Ramos Barretto mostra como está sendo preparado um conflito de raças no País que atinge também as cidades e implanta um feroz coletivismo no País.
Gusta,
infelizmente escritos como os que você cita são tomados por alguns como verdades. Não basta estar publicado em livro para ser real, ou Hittler estaria feito com "Minha Luta". Certamente os interesses econômicos de uma elite que se beneficia de grandes glebas de terra devem ter servido como incentivadores dessas publicações. Tem que conhecer os povos, dialogar com ele, para depois sair falando.
Então, a Veja não responde ninguém? Nem o Edurdo Viveiros de Castro (que por sinal deveria processar a revista)?
Acabou a cara de pau?
olha o tipo de resposta do caro escritor deste blog:
Seu comentário em http://alertabrasiltextos.blogspot.com/2010/05/farra-da-antropologia-oportunista.html é de dar dó. Como pode escrever em tantos blogs, querer ensinar os outros a fazer um blog, tendo uma cabecinha tão estupidificamente BURRA. Acusou um erro de matemática que só prova o quanto é ignorante, apressada e que julga preciptadamente e sem entender o que se passa. Volte lá, leia novamente o começo do texto e analise a imensa asneira q escreveu. Espero que voce se cure de sua doença ou então, melhor p/ a humanidade, se mate.
burrinha eu????
não preciso reler nada do que escreveu, você é que precisa começar a ler!!!! vá ler joão pacheco de oliveira e os dados do incra que claramente demonstram que as terras indígenas correspondem à 18% das áreas de latifúndio..... as áreas socialmente não-produtivas...
Gusta,
Faça-me o favor e pare de citar esses panfletos. Eu QUERO FATOS: CADÊ ESSA EXTENSÃO DE TERRAS RESERVADA? DE QUAL FONTE OS JORNALISTAS TIRARAM ISSO?
Uma matéria com uma denúncia tão séria como a extinção da propriedade de imóveis rurais no Brasil deveria contar com pelo menos depoimentos de especialistas, políticos, autoridades quaisquer. AS ÚNICAS PESSOAS CITADAS SÃO DOIS ANTROPÓLOGOS QUE NÃO FORAM ENTREVISTADOS PELA REVISTA E TIVERAM SEUS DEPOIMENTOS INVENTADOS.
Seria um deleite para as reinaldetes e olavetes se o governo Brasileiro fosse realmente comprometer qualquer coisa próxima de 70% para índios, quilombolas, áreas de conservação, assentamentos agrários, etc... No entanto, a informação presente na reportagem é absolutamente falaciosa e desmentida em dois segundos de pesquisa no Google.
AS TERRAS INDÍGENAS NO BRASIL CORRESPONDEM A 13% DO TERRITÓRIO NACIONAL, e 98% parte delas está na região amazônica. As unidades de conservação não correspondem nem a 20% e TAMBÉM ESTÃO NA REGIÃO AMAZÔNICA, MUITAS VEZES SOBREPOSTAS A TERRAS INDÍGENAS.
OS FATOS ESTÃO AQUI:
http://www4.fct.unesp.br/nera/atlas/configuracao_territorial.htm#ucs
http://pib.socioambiental.org/pt/c/terras-indigenas/demarcacoes/localizacao-e-extensao-das-tis
O RESTO É MENTIRA!
Vocês querem os militares de volta a qualquer custo, nem que seja através de uma campanha de desinformação absurda como essa. Mas vocês não os terão.
Vale,
onde está a resposta do caro escritor desse blog?
Ele te chamou de burrinha.
Gostaria de ler esta resposta
Descobriram nossa Festinha...
A reportagem “A Farra da Antropologia Oportunista", retrata apenas a ponta de um enorme iceberg de desmandos, adulterações de dados sociológicos, mentiras deslavadas mesmo, mal-entendidos resultantes de um histórico compromisso da antropologia com qualquer movimento social minoritário que agora levanta a bandeira indígena na tentativa de obter qualquer benefício, seja do Governo, seja de ONGs nacionais ou internacionais.
Sobre nossa orgia...
Ao contrário do que imagina a Justiça, o Ministério Público e parcela da população brasileira desinformada, os antropólogos não são parte isenta em qualquer processo. Pelo contrário, como bem expressa Viveiros de Castro em uma de suas mais reveladoras obras: "Para o antropólogo, índio é como cliente, tem sempre razão". É a verdade, pura, nua e crua!!! Portanto, o comprometimento histórico desta classe de profissionais seria o suficiente para torná-los legal e teoricamente impossibilitados de emitir qualquer parecer, laudo ou posicionamento justo e imparcial acerca de qualquer conflito que envolva qualquer movimento social indígena em questão, além de compromenter e macular a história e o legado da Antropologia na construção de uma nação socialmente diversa e pluriétnica. Fazendo coro com Viveiro de Castro, e com muitos movimentos indígenas do Nordeste venho solicitar a mudança da postura da ABA para as regras no processo de Identificação e Delimitação de Terras indígenas, no sentido de proibir a participação de Antropólogos no referido processo. Isto por vários motivos dentre os quais, principal deles é bem exposto na fala de Viveiros de Castro: a sua total inutilidade no processo, que na verdade só serve para emprestar sua legitimidade científica etérea e já desacreditada aos laudos, ou seja, NAAAAADA.
Anônimo,
O que um antropólogo faz num relatório antropológico é descrever em que termos se dá a referida comunidade. O relatório dele é uma descrição, ele não legaliza (com o perdão da palavra) porra nenhuma .
Não há festinha em lugar nenhum. um Relatório Técnico de Delimitação e Identificação não é lucrativo e nem mesmo fácil de ser feito.
Mas se o senhor, que desconfio ser um "antropólogo de gabinete", é contra esse procedimento, é melhor se basear em fatos. Do contrário pode concordar com as mentiras perpetradas pela reportagem e almejar pelo dia que o cadáver de Médici vai voltar pra reinar sob a trevas de ignorância os reinaldetes e olavetes gostam de criar.
Veja desmente antropólogo:
3 de maio de 2010
O antropólogo Eduardo Viveiros de Castro enviou a VEJA uma carta - divulgada amplamente na internet - sobre a reportagem "A farra antropológica oportunista", publicada nesta edição da revista. Na carta, Viveiros de Castro diz: "(1) nunca tive qualquer espécie de contato com os responsáveis pela matéria; (2) não pronunciei em qualquer ocasião, ou publiquei em qualquer veículo, reflexão tão grotesca, no conteúdo como na forma".
Sua primeira afirmação não condiz com a verdade. No início de março, VEJA fez contato com Viveiros de Castro por intermédio da assessoria de imprensa do Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde ele trabalha. Por meio da assessoria, Viveiros de Castro recomendou a leitura de um artigo seu intitulado "No Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é", que expressaria sua opinião de forma sistematizada e autorizou VEJA a usar o texto na reportagem de uma maneira sintética.
Também não condiz com a verdade a afirmação feita por Viveiros de Castro no item (2) de sua carta. A frase publicada por VEJA espelha opinião escrita mais de uma vez em seu texto ("Não é qualquer um; e não basta achar ou dizer; só é índio, como eu disse, quem se garante" e "pode-se dizer que ser índio é como aquilo que Lacan dizia sobre ser louco: não o é quem quer. Nem quem simplesmente o diz. Pois só é índio quem se garante").
O antropólogo Viveiros de Castro pode não corroborar integralmente o conteúdo da reportagem, mas concorda, sim, como está demonstrada em sua produção intelectual, que a autodeclaração não é critério suficiente para que uma pessoa seja considerada indígena. Abaixo, a íntegra do texto que ele autorizou que VEJA usasse da forma que bem entendesse:
http://alertabrasiltextos.blogspot.com/2010/05/no-brasil-todo-mundo-e-indio-exceto.html
Tirando uns dois ou três tolos que, como eu, somos contra qualquer tipo de privilégio obtido pela cor da pele ou por uma suposta dívida histórica, todos os outros que comentaram aqui primam pelo comportamento-padrão dos verdadeiros idiotas latino-americanos, mal que se originou no final do século passado, fartamente disseminado entre os mequetrefes do politicamente correto, cabeças-ocas e afins.
Eu só não sabia que há tantos antropólogos comprometidos com a burrice histórica e com o racismo vingativo vigente, o que complica ainda mais o caso, visto que eles são essenciais na elaboração do sequestro de terras, cujas vítimas são consideradas por eles como réus.
Desafio a todos os que aqui se mostraram favoráveis à involução humana a citar algum argumento lógico que justifique tamanhas áreas reservadas para índios e quilombolas. Desafio também, qualquer um, provar que a atual geração de tataranetos de escravocratas ou de exterminadores de índios tem o dever legal de pagar aos tataranetos das supostas vítimas. Desafio ainda, que me dêm uma aula de História documentada sobre a autenticidade dos quilombos que alegam ter existido.
Quanto ao último desafio, dou até uma dica: consultem documentos da Igreja Católica, que até o início do século dezenove era a única instituição a registrar as localizações, transações e posses de terras. Façam isso e depois me digam o que encontraram. Vão dar com os burros n’água.
Sem esquecer que desafio que alguém prove que a reportagem da Veja é mentirosa.
Bem, para começar, não gasto um tostão e nunca gastei com um veículo de informação míope, desatualizado em suas convicções e com tamanha deformação de conteúdo. É uma pena que uma revista como essa, apesar de sua história, tenha descambado tão vulgarmente para o panfletarismo ingênuo, nas últimas duas décadas.
Para falarmos desse primor de ignorância e desinformação comecemos não pelos casos exeplificados (que demandaram meses e anos de estudo e do aporte de toda uma disciplina para serem compreendidos em sua complexidade - e não em míseras linhas de uma réporterzinha). Comecemos pelas pessoas citadas:
Viveiros de Castro - é absurdo, inclusive nos comentários, acusarem um antropólogo como ele de culturalista. Em sua trajetória tem demonstrado o exercício à superação total do racismo a partir da noção de perspectivismo.
Esse mesmo Viveiros de Castro foi apontado por Levi-Strauss (o mais renomado do século XX e ícone da luta intelectual contra o racismo) de seu imediato sucessor.Ora, como um neo estruturalista pode ser acusado de racista e culturalista?
Ah...quero dizer que não me alio a sua perspectiva teórica, ainda que respeite profundamente seu trabalho e de sua equipe.
Recomendaria a reporterzinha que, no mínimo, leia os textos de Viveiros de Castro com atenção, para depois poder citá-lo com propriedade.
Ah! reporterzinha, adorei tua declaração nos comentários: "Abaixo, a íntegra do texto que ele autorizou que VEJA usasse da forma que bem entendesse". E isso autoriza então um nacional-socialista a transformar um texto de Martir Luther King em um líbelo fascista? A transformar a relatividade de Einstein em conta de ábaco? Faça-me o favor...
Segundo - para quem não sabe como a reporterzinha da reportagem (suponho que tenha faltado a todas as aulas de história e geografia, né filha?) - o citado na reportagem - presidente do Movimento Pardo mestiço do Brasil, é um integralista, que nada mais é que a versão brasileira do nazismo. O dito é daqueles que gritam ANAUê pela rua. É logo um cara desses que é chamado para opinar em uma reportagem supostamente universalista, anti-racista?
Bom, como minha vó já me dizia:
Leu na VEJA ? PROBLEMA SEU...
Ah!!!! Antes que me esqueça...MACUMBA????? PELAMORDEDEUS???/ Isso é jeito de chamar os cultos de matriz africana realizados no Brasil - bem GUSTA, isso demonstra a qualidade de sua reportagem...
E Ponte Preta: quem tem raiz é árvore, ok?
Como sempre, os que nada têm a declarar, se atêm a miudezas e rótulos. O seu Lupo acima, faz questão de frisar que Viveiros de Castro não é “culturalista” e que tem demonstrado “exercício à superação total do racismo a partir da noção de perspectivismo”, além de afirmar que ele foi apontado por Levi-Strauss de(sic) seu imediato sucessor, portanto ele é um “neo estruturalista”.
Afinal das contas, seu Lupo, ele é o quê? E o que é que o furifunfas tem a ver com as calças?
Depois ele fala que o presidente do Movimento Pardo-Mestiço é um integralista que anda gritando Anauê pelas ruas. Mas será que isso ainda existe?
Em todo caso, o que é que a declaração dele (“desde que o governo começou a financiar esse tipo de segregação racial, os mestiços que moram perto de quilombos passaram a se declarar negros para não perder dinheiro”) tem a ver com o contexto da reportagem para comprometer tanto sua íntegra?
E foi só o que o seu Lupo falou, apesar de ter escrito um monte. Ora, por favor, senhores politicamente corretos, sejam mais abrangentes nas suas argumentações e não me venham com blablablás supostamente eruditos e completamente inúteis!
Brilhante a última reportagem de Veja sobre a farra da "pilantropologia" nacional, que pretende transformar nosso País num imenso Brasilistão, os bantustões dos índios, quilombolas e MST.
Tal crime de lesa-pátria encontra arrimo na ideologia esquerdista do governo Lula, que pretende transformar o Brasil em inúmeros guetos étnicos, como era o caso do antigo Apartheid sulafricano de triste memória, dentro dos mesmos moldes das antigas comunas soviéticas, em que o único proprietário é o Estado. Além de atentar contra o agronegócio, pedra angular da estabilidade econômica, e contra 190 milhões de brasilieiros, essa nefasta prática racista vai contra a ordem natural da História do Brasil, que se tornou, irrefutavelmente, em apenas cinco séculos, num país miscigenado que é exemplo para o mundo. Brasilistão rima com Afeganistão e Hamastão. O Brasil não merece ter seu destino traçado por patifes!
Atenciosamente,
Félix Maier
www.midiasemmascara.org
OLAVETES ENCAREM OS FATOS!
A revista Veja dessa semana publicou uma matéria intitulada “A farra da antropologia oportunista”. Aparentemente os jornalistas Leonardo Coutinho, Júlia de Medeiros e Igor Paulin desejavam denunciar o que seria uma espécie de “esquema” entre ONGs internacionais, antropólogos e o Governo Federal para extinguir a propriedade privada de imóveis rurais no Brasil através da demarcação de terras indígenas e terras de quilombo, além da criação de unidades de conservação.
Comento a matéria aqui sem entrar no mérito de outras questões mais profundas, abordando dois aspectos da reportagem que são absolutamente hediondos para os padrões de qualquer tipo de jornalismo.
A falácia
Os repórteres abrem a matéria com a seguinte afirmação:
Áreas de preservação ecológica, reservas indígenas e supostos antigos quilombos abarcam, hoje, 77,6% da extensão do Brasil.
Qualquer alma com dois dedos de bom senso questionaria essa afirmação. Uma vez que as terras indígenas correspondem a 13% da área do país, sobretudo na região amazônica. Coloco aqui dados do Instituto Socioambiental acerca dessa extensão:
O Brasil tem uma extensão territorial de 851.196.500 hectares, ou seja, 8.511.965 km2. As terras indígenas (TIs) somam 653 áreas, ocupando uma extensão total de 110.500.556 hectares ( 1.105.006 km2). Assim, 13% das terras do país são reservados aos povos indígenas.
A maior parte das TIs concentra-se na Amazônia Legal: são 409 áreas, 108.720.018 hectares, representando 21.67% do território amazônico e 98.61% da extensão de todas as TIs do país. O restante, 1.39%, espalha-se pelas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e estado do Mato Grosso do Sul.
Digamos então, que o restante dessa porcentagem absurda levantada pelos jornalistas, agora 64,6%, estivesse relacionado às terras de quilombo ou às unidades de conservação. Ainda assim os números parecem não bater, já que segundo o “Atlas da Questão Agrária Brasileira”, organizado pela UNESP, as áreas das unidades de conservação federais e estaduais em 2007
totalizavam 99,7 milhões de hectares, sendo 98 milhões referentes às unidades de conservação em ambientes terrestres. Dessas unidades, 310 (41,5 milhões de ha) são de proteção integral e 286 (58,2 milhões de ha) de uso sustentável. Entre 1997 e 2007 foram criadas 251 unidades de conservação e acrescidos 51,35 milhões de hectares de unidades em ambientes terrestres. A distribuição territorial das unidades de conservação é desigual e a maior parte está no bioma amazônico, que concentra 74,2 milhões de hectares – 75,7% do total.
Lembrando “o Brasil tem uma extensão territorial de 851.196.500 hectares”, os 98 milhões de hectares, já que estamos excluindo as unidades de conservação oceânicas, corresponderiam a aproximadamente 11,71% do território nacional. Boa parte dessas terras não é “improdutiva”, mas são as chamadas “áreas de uso sustentável” que seguem regras especiais para a exploração, como demonstra o mapa abaixo.
Então, temos 24,7 1% do Brasil dedicado a terras indígenas e unidades de conservação, correto? Não necessariamente. Se sobrepusermos os dois mapas é possível perceber que há sobreposição de áreas de unidades de conservação e terras indígenas em vários pontos do país, o que diminuiria esse percentual. Mas, vamos supor que há 24% do território nacional, sobretudo na Amazônia Legal, dedicado a unidades de conservação e terras indígenas.
Para chegar então aos 53,6% restantes (77,6% – 24%) seria necessário que as terras de quilombo abarcassem estrondosos 459 milhões de hectares… o que não é verdade. Segundo a comissão Pró-Índio de São Paulo
Em setembro de 2008, os territórios quilombolas titulados somavam 1.171.213 hectares. Até essa data, o Pará continuava como o estado com a maior extensão titulada: 628.674,7 hectares, o que corresponde a cerca de 54% do total já regularizado.
[Para os mais interessados, aqui há uma tabela onde estão os nomes, localização, e área de todas as comunidades.]
Logo, temos 1.171.213 hectares em terras de quilombo tituladas, o que corresponde a, vejam só, 0,13% do território nacional. E as maiores terras também estão na área da Amazônia Legal – novamente desconsiderando sobreposições com unidades de conservação.
Com base nesses dados, a porcentagem de 77,6% alegada na reportagem da revista Veja não se sustenta sob qualquer argumento. Além disso, a matéria dá a entender que basta requerer a terra para se ter acesso a ela, ou mesmo que o governo em exercício estaria sendo uma espécie de facilitador do processo. Isso não se sustenta no caso das terras de quilombo e nem das terras indígenas, uma vez que o governo em exercício demarcou e homologou menos terras (em extensão e quantidade) do que o governo anterior!
A matemática esotérica dessa reportagem parece estar baseada numa alegação da Senadora Kátia Abreu, de que “90% do território brasileiro estaria congelado e inacessível ao ‘progresso’, como terras indígenas, quilombos, parques, cidades e infra-estrutura”. A Senadora disse ter encomendado uma pesquisa junto à Embrapa que provaria isso… espero que os pesquisadores em questão saibam soma, subtração e porcentagem.
Um anônimo contesta a matemática da Veja citando um tal de Instituto Socioambiental.
E o que é esse Instituto Socioambiental, o ISA? Nada mais que uma das 232 ONGs que têm interesses claríssimos na bufunfa gorda que é gerada por essas transações de terras.
Fez um monte de contas para nada. Baseado em dados de uma parte interessadíssima, as contas são pra lá de suspeitas.
Meu caro anônimo: conta outra. Baseie-se em dados insuspeitos. Aliás, você é tão suspeito que nem o nome revela.
Sr. Rosamundo,
como o sr. gosta de DESAFIO, fazemos assim:
os antropólogos e historiadores levam a farta e exaustiva documentação levantada em cada caso e o sr. naturalmente levará a espada, umas caixas de fósforo além da suástica
acredito mesmo que o sr. tenha medo da pontepreta daquele negão que paquerava sua mulher
Seu Z:
A burrice leva as pessoas ao desespero de, por falta absoluta de poder argumentativo, quererem atingir a honra dos seus opositores.
O "negão que paquerava a minha mulher", por ela ser digna, desistiu e comeu a sua.
Não é assim que vocês gostam do diálogo?
Já que não saiu, eu repito:
Su Z:
A burrice de gente que não tem nada a acrescentar leva às ofensas pessoais, como o senhor o faz. Mas até nisso o senhor é burro porque o negão que paquerava minha mulher, por ela ser digna, desistiu e comeu a sua.
Não é desse tipo de baixaria que vocês gostam? Se ficasse calado, seu Z, o senhor seria um poeta.
Sr. Rosamundo,
não esqueça de levar seu gardenal e a cuequinha com a suástica
Pontepreta
Se você não está satisfeito com os dados do ISA, olha no IBGE. Ninguém demarcou 50% do Brasil em terras indígenas da noite pro dia sem passar pelo judiciário, isso é impossível, delirante, absurdo.
Sr. Fassheber:
Levo o gardenal e a suástica se você levar a foice, o martelo e a sua ração de capim.
Agora, anônimo, demarcar, demarcaram. Só não foram legalizadas. Ainda.
É só comprar uma meia dúzia de juizinhos aqui e ali que, com essa grana toda nas mãos, vai tudo.
Governinho chinfrim é assim: até o Judiciário faz mutreta.
"Agora, anônimo, demarcar, demarcaram. Só não foram legalizadas. Ainda."
Filhão... isso não aconteceu, nem vai acontecer. Isso não existe, não é interesse de ninguém, nem de índios, nem do PT, nem da Kátia Abreu, nem Hugo Chavez, nem do Obama, nem do Olavo de Carvalho... Se você me conseguir uma prova, uma única prova de que isso é verdade que não seja um desses folhetins escritos pelos lunáticos do Paz no Campo, eu agradeço.
O problema grave em ignorar os fatos, ou inventar conspirações fantásticas como essa da demarcação do Brazzzil é que vocês tiram de lugar um debate válido criando fantasias como essas.
Se querem ser contra a demarcação e terras indígenas ou qualquer coisa do tipo, combatam com FATOS. Inventar uma porcentagem e repetir que ela existe ad infinitum não vai torná-la real...
...ou vai ver vocês de fato aprenderam algumas coisas com o Goebels.
É tanto anônimo que eu não entendo mais nada.
Quem tirou fantasias de onde, eu?! Pirou de vez...
E filhão é o afilhado da comadre da sua mãe.
"Se você me conseguir uma prova, uma única prova de que isso é verdade que não seja um desses folhetins escritos pelos lunáticos do Paz no Campo, eu agradeço."
Isso o quê, seu anônimo?
O problema de vocês começa pela imensa dificuldade que têm com a língua portuguesa, passa pelo desvario esquerdista e desemboca na estultícia absoluta.
Rosamundo... sem trollar o anônimo vá. Apresente pra gente uma prova de que o Brasil está todo demarcado. Acusar o alheio de "esquerdopatia" quando não há saída não é jeito de discutir.
"Isso o quê, seu anônimo?"
Jesus! O problema de vocês começa com a completa ignorância do que é um CONTEXTO. Não estávamos falando sobre a suposição de que as terras indígenas, terras de quilombo e unidades de conservação já ocupariam 77,6% do território nacional? Onde está a prova? Onde está a fonte? Onde está o relatório?
Não existem. Tudo não passa de mais uma conspiração imaginária que, na cabeça da olavetagem safada, justifica um novo golpe militar.
Senhor Rosamundo Pontepreta,
Bem, não sou esquerdista, não sou anarquista, não sou nada mais do que estudante, trabalhadora e cidadã brasileira.
Acho que em algum momento o senhor cometeu alguns equívocos no que refere a sua defesa da revista que tanto estima (em não sendo integrante do corpo de funcionários da mesma e ignorando a possibilidade se suborno de uma pessoa honesta como o senhor, só pedria ser estima mesmo, certo?).
Acredito, na minha humilde opinião, que o senhor foi muito "de direita" no seu discurso, o que reflete todo o seu direito de o sê-lo, mas também de não criticar alguém que estivesse sendo de esquerda, a seu ver.
Acho também que a discussão se perdeu justamente por focar todos os seus arugumentos em refutas aos dos colegas que postaram informações ou opiniões anteriormente.O seu direito de expressão é o mesmo que o dos demais.E caso alguém lhe ofendesse com palavras (o que, devido a uma guerra de acusações de esquerda comunista versus direita latifundiária, acabou acontecendo, infelizmente), cabia ao seu bom senso não se utilizar de palavras baixas, o que fez perder concerteza a força de qualquer argumento de sua parte, assim como os arugumentos dos demais.
O que eu acredito que deveria ser levado MUITO em consideração aqui, e é o propósito do debate, creio, é o conteúdo da matéria, as fontes, os dados.
Por exemplo, o texto do Professor Eduardo Viveiro de Castro.Eu o li, por curiosidade, porque muito me admira que alguém do conhecimento acadêmico que ele tem proferisse tais falácias.E descobri que foi um erro de contextualização.O Texto a que ele faz as citações destacadas e utilizadas na matéria ocorreram em outro contexto mesmo, que falava justamente o oposto do que trata a matéria.
Já os dados estatísticos eu confesso não ter ido em busca de resultados, mas, por uma análise de puro "achismo", 77,6% é muita coisa, acho que a proporção pode ter sido um tanto quanto equivocada.
Assim como o Professor Eduardo, outro professor doutor, o Mércio, também citado na revista, que inclusive dá aulas na mesma faculdade em que eu estudo (UFF), também lançou uma nota, digamos que de repúdio, a citação que a Revista Veja fez a respeito dele e de suas publicações acadêmicas.Particularmente, acredito que acusar meramente alguém de algo é muito forte, mas penso que, no mínimo, aconteceu outro erro de contextualização nesse caso também.
Tento feitas as elocubrações que me cabiam, faço outras, de cunho um pouco menos acadêmico, ao senhor Rosamundo Pontepreta.
Se é o Pontepreta que eu imagino que seja, trata-se de Stalislaw Ponte Preta, ou Sérgio Porto, um escritor, jornalista, e dentre outras coisas, comediante assumido, que tinha como principal motivação as mulheres e dizia que jamais teve qualquer opinião política formada sobre qualquer figurão da vida política, seja nacional ou internacional, que declarava explicitamente ter ódio de racismo, puxa-saco e "burro metido a sabido".Isso tudo dito pelo próprio Ponte Preta.
E se é o Rosamundo que eu imagino que seja, é um personagem de um dos romances-comédia de Stanislaw Ponte Preta, que era esuqecido, preguiçoso e atrapalhado.
Como quer que, após inferir tais conhecimentos a cerca de um suposto pseudônimo, os leitores de seus comentários os levem a sério, ainda mais depois de tantas acusações, críticas e bate-bocas, levando-nos a crer que se trata de uma pessoa que traduz exatamente o que o seu nome apresentado reflete.
Gostaria de estar equivocada.
Grata.
Aqui segue a resposta do Professor Mércio à Revista Veja.
Resposta à matéria da VEJA “A farra da antropologia oportunista”
Mais uma vez a revista VEJA traz em suas páginas matéria cheia de injúrias aos povos indígenas brasileiros.
Não pode passar despercebido ao mais desavisado e ingênuo leitor dessa revista o ranço, o azedume de preconceitos e vícios jornalísticos apresentados sobre a questão indígena brasileira. Porém a factualidade do texto também está comprometida por desvirtuamentos de pesquisa, compreensão e análise que certamente intencionam provocar uma impressão extremamente negativa da questão indígena em nosso país.
Os autores da matéria “A farra da antropologia oportunista”, ao que tudo indica jornalistas jejunos no trato de tais assuntos, parecem perseguir uma linha editorial ou um estilo jornalístico em que a busca de objetividade possível é relegada ao interesse ideológico de denegrir as conquistas dos segmentos mais oprimidos do povo brasileiro e demonstrar o seu favorecimento aos poderosos da nação. Primam por um estilo sardônico, próprio de jornalistas que fazem de seu ofício a defesa inquestionável do status quo social e econômico brasileiro, aludem a supostos fatos a partir de evidências descontextualizadas e apresentam citações sem a mínima preocupação com comprovação.
Falta-lhes sobretudo compreensão histórica da questão indígena brasileira, do papel da antropologia e da condição contemporânea da ascensão dos povos indígenas no Brasil e no mundo. Empatia às causas populares e gestos positivos em relação à ascensão das camadas sociais mais oprimidas da nação são atitudes ausentes nesse tipo de jornalismo.
Ao contrário, estão do lado dos que consideram a nação um quintal a ser usado (e abusado) ao seu bel prazer. Um repertório acanhado, porém virulento, de asserções deslocadas do processo histórico tenciona incutir no leitor uma visão de que os povos indígenas – e também os descendentes de quilombolas – estão aí para surrupiar as riquezas da nação dos destemidos fazendeiros, madeireiros, mineradores e empreiteiros da nação. A continuar esse processo não sobrarão terras nem riquezas naturais para a continuada exploração econômica da nação!
Os antropólogos estariam a serviço de uma espécie de subversão da realidade empírica, afeitos à criação imaginativa de identidades étnicas e dispostos a reverter o processo histórico nacional. Nem os mais afoitos de nós sonham com tamanho poder!
Já os índios e quilombolas estão em marcha guerreira para varrer do país aqueles que dariam sustento e sentido à nação.
É demais.
Apresento aqui o meu repúdio a esse tipo de jornalismo.
Denego-lhe o falso direito jornalístico de atribuir a mim uma frase impronunciada e um sentido desvirtuante daquilo que penso sobre a questão indígena brasileira.
Portanto, conclamo os editores da VEJA a rever sua visão miópica e estigmatizada do processo histórico brasileiro. Fariam bem ao seus leitores se se concentrassem na busca de objetividade jornalística e numa compreensão humanista, científica e hiperdialética da história do nosso país.
Atenciosamente,
Mércio Pereira Gomes, antropólogo, professor da Universidade Federal Fluminense e ex-presidente da Funai
Pois é, Tatiana....
Li com atenção seu texto contestando o senhor Pontepreta. Gostaria de destacar um de seus argumentos.
1 – “O que eu acredito que deveria ser levado MUITO em consideração aqui, e é o propósito do debate, creio, é o conteúdo da matéria, as fontes, os dados.”
As fontes e os dados aos quais você se refere são os cientistas e antopólogos brasileiros e os dados que os mesmos obtêm. No processo científico, veja Lyotard e a condição pós-moderna, a prova é confirmado pela experiência, via de regra fenômeno físico e materialmente mensurável. Pergunto à você, e aos antropólogos que aqui se manifestaram, se os dados foram analisados por outras instãncias, se os estudos realizados têm pacífica aceitação na comunidade científica. Não se esqueça que, após um século e meio, Darwin ainda é motivo de controvérsia e contestação.
Existe por acaso algum instituto, entidade técnica, alguma “Harvard University”
nacional que detenha autoridade técnica e científica, derivada de mérito reconhecido internacionalmente, sobre os trabalhos desenvolvidos que geram os dados, bem como as fontes, às quais você se refere.
Como não existe nada disso, os senhores antropólogos merecem tanto crédito quantos o achismo do pipoqueiro da esquina. O mesmo crédito que mereceria a revista Veja, se estivesse tratando da matéria como uma produção científica.
No entanto, o pipoqueiro da esquina, assim como o Pontepreta e eu, sabe que tem um emaranhado de ONGs, que usam fraudulentas questões sociais para roubar descaradamente o povo brasileiro. Creio não ser necessário um postulado científico para demonstrar que esta é uma verdade.
Se o senhor Pontepreta relaciona os antropólogos com as ONGs pilantras é por que tem razões de sobra para isto. A primeira obrigação de tais pessoas deveria ser a de impedir que os índios sejam usados para este tipo fraude. Como não o fazem e vicejam ONGs por todo o país, Pontepreta nada mais faz do que relatar o que qualquer pessoa de bom senso conclui.
2 – Pergunte a seu professor de português se sua redação, do ponto de vista ortográfico, precisa de algum reparo. Garanto-lhe que concerteza será glosado.
3 – Pergunte ao ex-presidente da Funai o que significa, dentro da hiperdialética dele, a palavra “MIÓPICA”. Se é idioma português, ticuna ou outro.
Estude Tatiana. Estude o mais que puder e garanta para si o livre pensar. Procure não se prender a conceitos e opiniões. Esteja sempre o mais isenta possível ao analisar fatos e processos, quaisquer que sejam estes, se científicos, sociais, familiares, cotidianos e, principalmente, os imprevisíveis.
Renato Emydio (RR3C)
PARABENS REVISTA VEJA, MEUS PARABENS para a REVISTA VEJA, que que faz aparecer a verdade para todos verem.
Ridículo os comentários dos "especialista em culturas e costumes brasileiros" do ptralhismo/lullismo criminoso que querem dividir o país a qualquer custo (deve ser porque assim fica mais fácil vendê-lo para as ONGs gringas. Bando de canalhas! O Brasil é maior que vcs seus pilantras! Paredão pra vcs!!
E continua o blablablá, não é mesmo Tatiana? Fui dormir e, ao acordar, deparo com seu texto quilométrico e alambicado a me contestar. Só que, no caso, não sou eu – ou, pelo menos, não deveria ser – quem está em evidência e sim a reportagem da Veja, a qual você dedicou muito pouco espaço e conteúdo em detrimento de loas a Viveiros de Castro e Mércio Pereira Gomes, além de ter traçado um perfil razoável do meu alter ego, Rosamundo.
Mas já que o Mércio mereceu tanto espaço e também não apresentou nenhuma contestação relevante à matéria da revista, vou me ater apenas a uma frase dele, dita a respeito dos jornalistas que a elaboraram:
“Falta-lhes sobretudo compreensão histórica da questão indígena brasileira. (...)Empatia às causas populares e gestos positivos em relação à ascensão das camadas sociais mais oprimidas da nação são atitudes ausentes nesse tipo de jornalismo”.
Empatia às causas populares? Por que será que os jornalistas que lidaram apenas com fatos e dados precisariam disso? De mais a mais, a matéria não pretende ser nenhum compêndio de Antropologia. Ela apenas afirma que alguns antropólogos oportunistas se prestam a papéis duvidosos nessa farra demarcatória.
Quanto à tal “compreensão histórica”, exigência vinda de quem veio, é fácil concluir que ela tem que passar forçosamente pela interpretação canhestra da esquerda e do seu inseparável companheiro, o “politicamente correto”, não fosse Mércio um notório admirador e antigo colaborador de Darci Ribeiro. Portanto, a expressão mais correta para essa vertente da Antropologia é “deturpação histórica”, aquela que transforma os que realmente trabalham – fazendeiros, madeireiros, mineradores e empreiteiros da nação – em inimigos dos índios e dos quilombolas, quando estes na verdade, não passam de instrumentos de manipulação na mão de gente inescrupulosa, cujo poder desmesurado a eles concedido por um governo idem, transforma suas canetas em poderosas armas usadas para assaltar o Estado e o povo, o verdadeiro, e não os mentirosos que até negam suas origens com fins lucrativos.
Coitada da dona Antropologia, tão prostituída...
Um absurdo de matéria! Claro, tinha que ser dessa merda de revista, manipuladora, mentirosa e com fins meramente políticos.
Ridicularizou a Antropologia...
Que a revista Veja é um veículo parcial, todo mundo sabe. O problema é que aqueles que discordam das afirmações da revista ao invés de mostrar de forma objetiva as incoerências da reportagem, fazem um discurso carregado de ideologia que não desfaz as informações apresentadas na Veja. A revista deu exemplos claros de possíveis irregularidades e de grupos que se beneficiariam através dos processo de demarcação das terras. Cabe aos opositores provar que não houve tais irregularidades com argumentos tão objetivos quanto os do texto original.
Pessoal Posto abaixo
a nota da Diretoria da Associação Brasileira de Antropologia sobre matéria publicada pela revista Veja (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010)
Frente à publicação de matéria intitulada "A farra da antropologia oportunista" (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010), a diretoria da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), em nome de seus associados, clama pelo exercício de jornalismo responsável, exigindo respeito à atuação profissional do quadro de antropólogos disponível no Brasil, formados pelos mais rigorosos cânones científicos e regidos por estritas diretrizes éticas, teóricas, epistemológicas e metodológicas, reconhecidas internacionalmente e avaliadas por pares da mais elevada estatura cientifica, bem como por autoridades de áreas afins.
A ABA reserva-se ao direito de exigir dos editores da revista semanal Veja que publique matéria em desagravo pelo desrespeito generalizado aos profissionais e acadêmicos da área.
Pessoal Posto abaixo a nota da Comissão de Assuntos Indígenas-CAI/ABA Parte I
A reportagem divulgada pelo último número da revista Veja, provocativamente intitulada “Farra da Antropologia oportunista”, acarretou uma ampla e profunda indignação entre os antropólogos, especialmente aqueles que pesquisam e trabalham com temas relacionados aos povos indígenas. Dados quantitativos inteiramente equivocados e fantasiosos (como o de que menos de 10% das terras estariam livres para usos econômicos, pois 90% estariam em mãos de indígenas, quilombolas e unidades ambientais!!!) conjugam-se à sistemática deformação da atuação dos antropólogos em processos administrativos e jurídicos relativos a definição de terras indígenas.
Afirmações como a de que laudos e perícias seriam encomendados pela FUNAI a antropólogos das ONGs e pagos em função do número de indígenas e terras “identificadas” (!) são obviamente falsas e irresponsáveis. As perícias são contratações realizadas pelos juízes visando subsidiar técnica e cientificamente os casos em exame, como quaisquer out ras perícias usuais em procedimentos legais. Para isto o juiz seleciona currículos e se apóia na experiência da PGR e em consultas a ABA para a indicação de profissionais habilitados. Quando a FUNAI seleciona antropólogos para trabalhos antropológicos o faz seguindo os procedimentos e cautelas da administração pública. Os profissionais que realizam tais tarefas foram todos formados e treinados nas universidades e programas de pós-graduação existentes no país, como parte integrante do sistema brasileiro de ciência e tecnologia. A imagem que a reportagem tenta criar da política indigenista como uma verdadeira terra de ninguém, ao sabor do arbítrio e das negociatas, é um absurdo completo e tem apenas por finalidade deslegitimar o direito de coletividades anteriormente subalternizadas e marginalizadas.
Não há qualquer esforço em ser analítico, em ouvir os argumentos dos que ali foram violentamente criticados e ridicularizados. A maneira insultuosa com que são referidas diver sas lideranças indígenas e quilombolas, bem como truncadas as suas declarações, também surpreende e causa revolta. Subtítulos como “os novos canibais”, “macumbeiros de cocar”, “teatrinho na praia”, “made in Paraguai”, “os carambolas”, explicitam o desprezo e o preconceito com que foram tratadas tais pessoas. Enquanto nas criticas aos antropólogos raramente são mencionados nomes (possivelmente para não gerar demandas por direito de resposta), para os indígenas o tratamento ultrajante é na maioria das vezes individualizado e a pessoa agredida abertamente identificada. Algumas vezes até isto vem acompanhado de foto.
A linguagem utilizada é unicamente acusatória, servindo-se extensamente da chacota, da difamação e do desrespeito. As diversas situações abordadas foram tratadas com extrema superficialidade, as descrições de fatos assim como a colocação de adjetivos ocorreram sempre de modo totalmente genérico e descontextualizado, sem qualquer indicação de fontes. Um dos antropólogos citado como supostamente endossando o ponto de vista dos autores da reportagem afirmou taxativamente que não concorda e jamais disse o que a revista lhe atribuiu, considerando a matéria “repugnante”.
Parte II
O outro, que foi presidente da FUNAI por 4 anos, critica duramente a matéria e destaca igualmente que a citação dele feita corresponde a “uma frase impronunciada” e de “sentido desvirtuante” de sua própria visão. Como comenta ironicamente o jornalista Luciano Martins Costa, na edição de 03-05-2010 do Observatório da Imprensa, “Veja acaba de inventar a reserva de frases manipuladas”.
A agressão sofrida pelos antropólogos não é de maneira alguma nova nem os personagens envolvidos são desconhecidos. Um breve sobrevôo dos últimos anos evidencia isto. O antropólogo Stephen Baines em 2006 concedeu uma longa entrevista a Veja sobre os índios Waimiri-Atroari, população sobre a qual escrevera anos antes sua tese de doutoramento. A matéria não saiu, mas poucos meses depois, uma reportagem intitulada “Os Falsos Índios”, publicada em 29 de março de 2006, defendendo claramente os interesses das grandes mineradoras e empresas hidroelétricas em terras indígenas, inverteu de maneira grosseira as declarações do antropólogo (pg. 87). Apesar dos insistentes pedidos do antropólogo para retificação, sua carta de esclarecimento jamais foi publicada pela revista. O autor da entrevista não publicada e da reportagem era o Sr. Leonardo Coutinho, um dos autores da matéria divulgada na última semana pelo mesmo meio de comunicação.
Em 14-03-2007, na edição 1999, entre as pgs. 56 e 58, uma nova invectiva contra os indígenas foi realizada pela Veja, agora visando o povo Guarani e tendo como título “Made in Paraguai - A FUNAI tenta demarcar área de Santa Catarina para índios paraguaios, enquanto os do Brasil morrem de fome". O autor era José Edward, parceiro de Leonardo Coutinho, na matéria citada no parágrafo anterior. Curiosamente um subtítulo foi repetido na matéria da semana passada - "Made In Paraguay”. O então presidente da ABA, Luis Roberto Cardoso de Oliveira, solicitou o direito de resposta e encaminhou um texto à revista, que nem sequer lhe respondeu.
Poucos meses depois a revista Veja, em sua edição 2021, voltou à carga com grande sensacionalismo. A matéria de 15-08-2007 era intitulada “Crimes na Floresta – Muitas tribos brasileiras ainda matam crianças e a FUNAI nada faz para impedir o infanticídio” (pgs. 104-106).
Parte III
O subtítulo diz explicitamente que o infanticídio não teria sido abandonado pelos indígenas em razão do “apoio de antropólogos e a tolerância da FUNAI." A matéria novamente foi assinada pelo mesmo Leonardo Coutinho. Novamente o protesto da ABA foi ignorado pela revista e pode circular apenas através do site da entidade.
Em suma, jornalismo opinativo não pode significar um exercício impune da mentira nem práticas sistemáticas de detratação sem admissão de di reito de resposta. O mérito de uma opinião decorre de informação qualificada, de isenção e equilíbrio. Ao menos no que concerne aos indígenas as matérias elaboradas pela Veja, apenas requentam informações velhas, descontextualizadas e superficiais, assumindo as características de uma campanha, orquestrada sempre pelos mesmos figurantes, que procuram pela reiteração inculcar posturas preconceituosas na opinião pública.
No acima citado comentário do Observatório da Imprensa o jornalista Luciano Martins Costa aprendeu muito bem e expôs sinteticamente o argumento central da revista no que concerne a assuntos indígenas: “A revista afirma que existe uma organização altamente articulada que se dedica a congelar grandes fatias do território nacional, formada por organizações não governamentais e apoiada por antropólogos. Essa suposta "indústria da demarcação" seria a grande ameaça ao futuro do Brasil.” Este é o argumento constante que reúne não só a matéria da semana passada, ma s as intervenções anteriores da revista sobre o tema.
Parte IV
Os elos de continuidade fazem lembrar uma verdadeira campanha.
Numa análise minuciosa desta revista, realizada em seu site, o jornalista Luis Nassif fala de uma perigosa proximidade entre lobistas e repórteres nas revistas classificadas como do estilo “neocon”. A presença de “reporteres de dossier” é uma outra característica deste tipo de revista. À luz destes comentários caberia atentar para a lista de situações onde a condição de indígenas é sistematicamente questionada pela revista. Aí aparecem os Anacés, que vivem no município de São Gonçalo do Amarante (onde está o porto de Pecem, no Ceará); os Guarani-M’bià, confrontados por uma proposta do mega-investidor Eike Batista de construção de um grande porto em Peruíbe, São Paulo; e os mesmos Guaranis de Morro dos Cavalos (SC), que lutam contra interesses poderosos, sendo qualificados como “paraguaios” (tal como, aliás, os seus parentes Kayowá e Nandevá do Mato G rosso do Sul, em confronto com o agro-negócio pelo reconhecimento de suas terras).
Como o objetivo último é enfraquecer os direitos indígenas (que naturalmente se materializam em disputas concretas muitas vezes com poderosos interesses privados), os alvos centrais destes ataques tornam-se os antropólogos, os líderes indígenas e os seus aliados (a matéria cita o Conselho Indigenista Missionário/CIMI por várias vezes e sempre de forma igualmente desrespeitosa e inadequada).
É neste sentido que a CAI vem expressar sua posição quanto a necessidade de uma responsabilização legal dos praticantes de tal jornalismo, processando-os por danos morais e difamação. Neste momento a Presidência da ABA, está em conjunto com seus assessores no campo jurídico, visando definir a estratégia processual de intervenção a seguir.
Dada a assimetria de recursos existentes, contamos com a mobilização dos antropólogos e de todos que se preocupam com a defesa dos direitos indígenas para , através de sites, listas na Internet, discussões e publicações variadas, vir a contribuir para o esclarecimento da opinião pública, anulando a ação nefasta das matérias mentirosas acima mencionadas. Que não devem ser vistas como episódios isolados, mas como manifestações de um poder abusivo que pretende inviabilizar o cumprimento de direitos constitucionais, abafando as vozes das coletividades subalternizadas e cerceando o livre debate e a reflexão dos cidadãos. No que toca aos indígenas em especial a Veja tem exercitado com inteira impunidade o direito de desinformar a opinião pública, realimentar velhos estigmas e preconceitos, e inculcar argumentos de encomenda que não resistem a qualquer exame ou discussão.
João Pacheco de Oliveira
Coordenador da Comissão de Assuntos Indígenas/CAI
O problema em responder a prolixidade é exatamente dificuldade em extrair da própria algum conteúdo.
Salvei a verborragia do João Pacheco de Oliveira psicografada pelo Luis Felipe no Word para ler com calma, mas desde já, antecipo o "não li e não gostei" por um nomezinho que li de relance: Luiz Nassif. Quem cita esse sujeito como fonte de alguma coisa já está, automaticamente, comprometido com o governo.
Em todo caso, vou ver se o Coordenador da Comissão de Assuntos Indígenas, João Pacheco, tem alguma coisa diferente da mesmice até agora apresentada aqui pelos antropólogos corpoirativistas de plantão.
Luis Felipe,
esse blablabla todo para citar Luiz Nassif?
Parte IV
Numa análise minuciosa desta revista, realizada em seu site, o jornalista Luis Nassif fala de uma perigosa proximidade entre lobistas e repórteres nas revistas classificadas como do estilo “neocon”.
Tsc tsc tsc...tempo perdido em arranjar tantas palavras nos seus "melhores" lugares.
Lamentável!
aliás, nazistas de plantão.
Então, leu na veja AZAR O SEU, essa revistinha sempre foi péssima, porém como tudo que é ruim...ganha espaço aos montes, mas não engana todos.
“Uma das idéias fundamentais para os estudos culturais é a compreensão da cultura como o campo de conflito e negociação no interior de formações sociais dominadas pelo poder e atravessadas por tensões relativas a classe, gênero, raça e sexualidade”
Falhou, falharam. A Cultura não foi capaz de resolver ou negociar nada. A fome é mais deprimente por que, paradoxo cultural?, existem os meios para erradicá-la. A corrida armamentista cresceu perto de 70% na última década. E por ai vai.
Fala-se aqui de Índios. Mesmo falhando epistemológica e acintosamente, presumem que os índios, uma vez ouvidos é que decidiram seus destinos – decisões tomadas ouvindo-se as respectivas comunidades. Existe tanta dignidade nestas argumentações quanto nas palavras do Lula ao falar sobre a Ética do PT.
É vergonhoso para qualquer nação submeter-se a ingerências externas, portanto, senhores antropólogos, não enganem a si próprios e aos índios. A única maneira de conferir dignidade às nações indígenas é permitir que elas saiam da pré-história por sua conta e mérito. Ou os senhores antropólogos acham que elas não são capazes desta aventura. A imensa maioria das populações do mundo deixou a Idade Média ha menos de 60 anos. Por que as nações indígenas têm que permanecer silvícolas? Qual o grau de soberania nacional pretendem os antropólogos conexos conferir a estes povos?
Talvez o ideal de felicidade da Associação Brasileira de Antropologia seja o paraíso da besta loura do Nietzsche. Não é o meu. NÃO HÁ CAMINHO DE VOLTA. Condenar os índios a mestiçagem cultural é um crime. Apenas irão transformá-los em quasímodos anacrônicos de uma catedral amazônica erguida em nome da Notre Dame da Diversidade Cultural, badalando sinos e ostentando cocares que mais nada significam, por que os índios sabem que tudo isto é coisa de branco. A pajelança será comandada de Paris.
Dignidade não se confere, não se recebe de presente. A dignidade reside na luta por conquistá-la. Está na derrota na guerra por tentar mantê-la. Será que nenhum antropólogo leu a Canção do Tamoyo?. Se leram, jamais entenderem o seu significado. Seria prudente analisar quanto há de humildade, de dignidade, de Ética no programa bolsa-família. Todos dirão que é um programa necessário e transitório, e é bom que assim seja. Mas, isso não nos impede de olhar seus diversos efeitos.
Quanto à matéria de Veja, mesmo que determinados números pareçam inconsistentes o objetivo e a informação são coerentes e necessários.
RR3C
O pior é que 1 milhão de pessoas leem essa bosta de revista e acreditam que tudo isso é verdade. É assim que as idéias se propagam..
Ode ao ridículo....
Ode ao ridículo....
Associação Brasileira de Antropologia publica em seu site uma Nota da Comissão de Assuntos Indígenas-CAI/ABA:
>>>>> A reportagem divulgada pelo último número da revista Veja, provocativamente intitulada “Farra da Antropologia oportunista”, acarretou uma ampla e profunda indignação entre os antropólogos, especialmente aqueles que pesquisam e trabalham com temas relacionados aos povos indígenas. (...)
texto na íntegra em: http://www.abant.org.br/conteudo/005COMISSOESGTS/Documentos%20da%20CAI/NotaCAI-ABA.pdf
Curiosamente a Veja toma este tipo de postura justamente quando os povos indígenas e cientistas sociais e naturais tornam-se os principais percalços à hidrelétrica de Belo Monte. "Veja" se é mera coincidência...
Da mesma forma a revista oportunamente critica as posturas do governo nos processos de demarcação de terras indígenas e reservas naturais justamente às vésperas de pleito eleitoral para presidente. "Veja" vc, caro leitor, se não parece interessante se produzir uma opinião pública (e uma comoção nacional) contrária à diversidade étnica e favorável ao latifundio justamente quando os candidatos pretendem apresentar suas plataformas políticas. O que ocorrerá com os candidatos que se mantiverem favoráveis à questão indigena?
De tolos os repórteres da Veja não tem nada. Afinal, fará diferença se a revista ou os repórteres envolvidos forem processados? Ou se for concedido às vítimas da calúnia o direitos de resposta em algum cantinho da revista? Isso de alguma forma desfará o estigma já produzido?
A jogada é por demais inteligente, não menos que a dos políticos corruptos que praticam o crime contando com a pena, caso forem pegos.
Só se resolve um crime desses com uma reparação à altura, como, por exemplo, a concessão de espaço de resposta na mesma quantidade de paginas dedicadas à calunia, na mesma revista, e na edição imediatamente subsequente, para que tal mentalidade não se cristalize no pensamento dos brasileiros e, em tempo, não se multiplique o racismo que já começa a ser percebido na opinião dos leitores da revista.
falta virtu entre as pessoas...
VEJA , CAROS AMIGOS , CARTA CAPITAL...
tudo faz mal
Nao sou indio nem de cores especiais, mas dentro de um pais dividido em racas defendo a minha e vejo a maior burrice em quem defende a raca de alheios.
Esta declaração do Sr. Lupo é um exemplo perfeito do uso da difamação e da mentira contra os que se opõem à política racista e discriminatória do governo federal que visa eliminar política e ideologicamente os mestiços brasileiros. A credibilidade das afirmações do Sr. Lupo sobre o Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro (que é um movimento étnico ideologicamente plural, com pessoas de diversos posicionamentos políticos, e inspirado no pensamento de Gilberto Freyre e de Darcy Ribeiro) pode ser medida por sua observações sobre A PRESIDENTE do Movimento. Helderli Alves é mulher. Assim, quem não sabe sobre o que está falando é o Sr. Lupo quando fala estas bobagens:
"para quem não sabe como a reporterzinha da reportagem (suponho que tenha faltado a todas as aulas de história e geografia, né filha?) - o citado na reportagem - presidente do Movimento Pardo mestiço do Brasil, é um integralista, que nada mais é que a versão brasileira do nazismo. O dito é daqueles que gritam ANAUê pela rua. É logo um cara desses que é chamado para opinar em uma reportagem supostamente universalista, anti-racista?"
Esta política racista contra mestiços é condenada pela Declaração de Durban e foi denunciada PELA presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro (Nação Mestiça) em recente audiência pública no STF:
http://nacaomestica.org/blog4/?p=620
A Opei dei comprou ações da editora abril
É cada coisa que vejo..
Apenas o que sei é que
o que está escrito em Apocalipse está
se cumprindo..."E chegará o dia em que o amor dos homens esfriará..."
Só faltou citar que falsos quilombos estão cada vez mais surgindo para "brigar" por seus direitos.
Foi aqui que estcionei minha kombi?!
Acorda Brasil!
Ser mestiço nunca foi moeda de privilégio nenhum, nesse país! Ser mulato, ser cafuzo, ser misturado é muito MAIS DOR DO QUE DELÍCIA!
Nunca fui privilegiado por ter no sangue genes da população europeia mas se sofri preconceito alguma vez na minha vida foi sim porque sou socialmente considerado negro!
Ou será que para a mentalidade da nossa sociedade, não existe diferença nenhuma entre a sra. Roberta Kauffman e a sra. Helderli Alves?
FRANCAMENTE!
A NOSSA SOCIEDADE SE GEROU SOBRE A TENSAO RACIAL! A NOSSA SOCIEDADE É MAIS VIOLENTA DO QUE OS EUA SOB REGIDO SOB A JIM CROW, DO QUE A AFRICA DO SUL SOB O APARTHEID!
VEJA é racista, reacionária mas a VEJA é papel!
SE PREOCUPEM COM QUEM INCENTIVA ESSAS MATÉRIAS, POIS SÃO ESSES AÍ QUE MENOS PENSAM NO FUTURO DO ESTADO-NAÇÃO.
SÃO ESSES QUE TÊM MEDO MORTAL DE DIVIDIR O PODER, E SENTEM SAUDADES DOS TEMPOS EM QUE OS CONFLITOS RACIAIS ERAM RESOLVIDOS NA BASE DA CHIBATA, DO GENOCÍDIO, DO ESTUPRO.
E NÃO PONHO MINHA MÃO NO FOGO POR ANTROPÓLOGO NENHUM. O PODER DA ACADEMIA, TAMBÉM TÁ MUITO MAL DIVIDIDO, ASSIM COMO AS TERRAS DESSE PAÍS.
OS ESQUERDOLÁTRAS BAJULADORES E ADORADORES DE FIDEL,HUGO CHAVEZ E STALIN NÃO SE CONFORMAM COM A REALIDADE DOS FATOS DENUNCIADOS PELA MELHOR REVISTA DO BRASIL , A VEJA, QUE NESTE ANOS DE TREVAS LULIANAS SE TORNOU A HEROICA REVISTA PALATINA DA VERDADE.
E A VERDADE DOÍ!!!
OS INTERESSES DO FORO DE SÃO PAULO É PROMOVER UMA REVOLUÇÃO COMUNISTA SANGRENTA, PARA ISSO NADA MELHOR QUE UMA LUTA DE CLASSES, UM ÓDIO RACIAL, FOMENTAR A DIVISÃO DA SOCIEDADE PARA DAREM O GOLPE E IMPLATAREM O REGIME CUBANO COMUNISTA , SONHO DE TODOS OS ESQUERDOCANALHAS DESTE BRASIL.
JAMAIS PASSARÃO!!!!
O pior de tudo é o seguinte: a elite brasileira também é burra. Quando convém é bom ser burra.
Ainda com medo do comunismo? Ainda com medo de Fidel, Stalin, Hugo Chavez?
Conta outra, rapaz!
Vão procriar! A ultima geração de voces já morreu! Morreu antes de 1988!
A sorte de vocês é que a Veja é uma pechincha! Informação ruim é bem acessível, como manda a velha e boa cartilha DOS PIORES REGIMES DITATORIAIS DO MUNDO!
Dá NOJO!Estou, pela primeira vez levando essa revista escrota para a sala de aula, e mostrando aos PALHAÇADA JORNALÍSTICA da Veja.
Levei a contestação dos antropólogos e estou discutindo a questão indígena, seus preconceitos e idealizações. Não é fácil lidar com gente que joga sujo, mas é muito fácil destruir seus falaciosos argumentos.
CORRIGINDO: e mostrando aos (alunos a)PALHAÇADA JORNALÍSTICA
Lamentável que uma revista nacional assuma um papel social tão descompromissado com a ética. Mas o cidadão brasileiro deve se considerar afortunado porque, depois de anos de conquistas democráticas, tem a oportunidade de preencher seus pensamentos e purificar seus olhos com leituras de revistas mais sérias e responsáveis com que veicula publicamente. Não deveríamos nos preocupar com uma revista que não se propõe a aprofundar suas desconfianças, com relação ao campo de saber Antropologia e seu "objeto" de investigação - a diversidade humana -, com as pessoas apropriadas. Não deveríamos levar tão a sério um "jornalista" que não se permite debater dialogicamente suas questões com historiadores, sociólogos, antropólogos, advogados e outros, mesmo jornalistas especialistas. Mas sempre é tempo para rever os próprios conceitos. Espero que o presente "jornalista", se ainda traja bom senso, repense sua postura profissional. Atitude que deveria tomar a maioria de nossos jornalistas estrelinhas que se utilizam do poder da comunicação para manipular, para fantasiar, para distorcer a realidade. Mas eles usam a objetividade como instrumento de legitimidade de sua importância para a sociedade e eu concordo, mas questiono a natureza dessa objetividade. São objetivos quando lhes convêm. Enfim, triste que no meio do caminho de suas carreiras muitos profissionais se percam e escolham um caminho nada sério.
Cada um pode ler o que quiser e a partir daí apurar seu senso crítico e saber analisar as diferentes verdades.
É uma imoralidade criticar apenas um meio de comunicação como a Revista VEJA e aceitar os demais, que são vergonhosos nos mais variados aspectos.
Convenhamos, a farra da antropologia se desviou de seu aspecto principal e já virou discussão de caráter ideológico vazio de conteúdo.
Stálin , Geisel , Hugo Chávez , Vidella , Pinochet e Fidel. Todos foram(são) militares ditadores.Farinhas do mesmo saco. Picaretas
Que coisa feia VEja! vê se tenta ser ao menos discreta. Seus jornalistas de quadrilha...esqueceram o q juraram na colação de grau de você foi?
Que coisa feia VEja! vê se tenta ser ao menos discreta. Seus jornalistas de quadrilha...esqueceram o q juraram na colação de grau de você foi?
"Existe por acaso algum instituto, entidade técnica, alguma “Harvard University” nacional que detenha autoridade técnica e científica, derivada de mérito reconhecido internacionalmente, sobre os rabalhos desenvolvidos que geram os dados, bem como as fontes, às quais você se refere."
não sei se já te contaram (se já saiu na veja...) mas existem universidades no brasil! reconhecidas internacionalmente, inclusive, onde se produz ciência e se formam cientistas. antropólogos, inclusive!
que loucura, não?
Prezados colegas,
Felizmente a Veja trás os descalabros do governo de Lula, ou seria lula lelé?
Não me importa os dados, o aspecto quatitativo não me importa. No entanto, os efeitos é que são importantes. As demarcações de terras indígenas, o financiamento de descabidas das ONGS no Brasil, o sistema de cotas, reflete a politica racial do governo petista.
Para o governo Lula não existe o povo brasileiro, mas existem negros, indíos e brancos. Tudo delimitado, organizado, classificado. Quem é facista? Que é racista? No governo lula os cidadãos não são todos iguais perantes as lei, estamos todos sendo segregados, racializados, territorializados.É necessário fazer algo... estão dividindo o páis, acabando com a identidade mestiça da nação. Em breve estaremos e guetos, faltam os campos de concentração.....
excluíram meu comentário super bem-intencionado e "light"....
será a editora do blog parente do Sarney?!?!?!
Sr. Wellington,
Me emocionas.
Apesar de não acreditar que entraremos em guerra por conta de direitos que estão sendo reconhecidos, devida muita luta, aos negros, aos indios, aos quilombolas, fico extremamente emocionado com o SEU MEDO.
Voce tem medo de que? De BRASILEIROS QUE COMEÇAM A REVIRAR A MESA DA SUBALTERNIDADE, DA EXPLORAÇÃO?
Quer dizer que o Brasil ja nao tem guetos desde sua fundação? Desde que aqui preferiu colocar determinado contigente nas ruas, longe dos centros urbanos, longe das politicas públicas?
o CONTIGENTE DAS FAVELAS TEM UMA COR! OS MORADORES DE RUA TEM UMA COR! NOS PRESÍDIOS TEM UMA COR!
Se de fato o Brasil passa a se reconhecer como desunido como voce está afirmando, é porque efetivamente a nossa mestiçagem nunca foi suficiente para que nós fossemos unidos.
Larga o osso senhor peregrino! larga o osso que todo mundo quer roer! Todos os brasileiros!
GOSTARIA DE FALAR SOBRE A HUMILHAÇÃO QUE SOFRI AQUI EM RORAIMA POR ESSES ANTROPOLOGOS. BASEADO SIM EM FATOS REAIS !
Tirando a questão da revista, tirando preconceitos eu FUI VITIMA DE ABUSO de poder dessas mesmas pessoas criticadas pela veja !
POR ISSO MEU APOIO SIM AO TEXTO.
veja detalhes em:
http://boavistaroraima.zip.net/
Decidi voltar e postar um comentario não anonimo, na verdade vi hoje que estava anonimo.
MEU NOME É PATRICIA MARIA MARTINS
e perdi toda a minha dignidade e juventude sendo USADA na mão desses antropologos e ongs MERCENARIOS.
A QUEM QUISER ME ESCREVER FICA A VONTADE
pmmprado@click21.com.br
Cambiando los estudos des los muchachos indígenos e los hombres de bién que sufrem con lá permessa de dias mejores para todos pudemos nos enlargar en una marcha para los rios del trauma en nós mesmos, con lá ternura siendo pierdida.
Juán Agustín Cháves M.D.
Com essa reportagem a VEJA só vem confirmando o tipo de imprensa tendenciosa que está a nossa volta... e nesse caso com toda a certeza quem é oportunista não é a antropologia e sim essa lamentável reportagem publicada. E o pior é que a quantidade de leitores que lêem esse tipo de revista podem passar a acreditar nessas informações completamente falsas.
A Abril Educação comprou o sistema de ensino ANGLO.....viva a editora Abril
Não tenho mais nada a acrescentar diante ao que já foi dito nos comentários acima.
A reportagem é repugnante, da pior qualidade.
Falar mal dos grandes veículos da mídia é piegas: entretanto, infelizmente eles insistem em serem dignos de desprezo.
Apenas acrescento ao protesto mais um antropólogo.
Eduardo Cidade
Antropólogo
Repugnante a reportagem da Veja, aliás muito ao seu estilo. É só procurar pelo google que aparecem muitas reportagens como esta (manipuladora, enviesada, que distorce dados, etc...)
Sobre esta, segue nota da ANPOCS - Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais.
http://www.anpocs.org.br/portal/content/view/880/1/
Abraços!
vejo que vivemos novamente a era da mitologia, onde para tudo existiam deuses. Só que agora existem novos deuses mais superiores que outrora, deuses que estão acima de tudo, acima do certo e do errado acima de qualquer lei, o que eles dizem e escrevem são ordens vitais para qualquer ser. São os deuses antropólogos.
"Apresento aqui o meu repúdio a esse tipo de jornalismo.
Denego-lhe o falso direito jornalístico de atribuir a mim uma frase impronunciada e um sentido desvirtuante daquilo que penso sobre a questão indígena brasileira.
Portanto, conclamo os editores da VEJA a rever sua visão miópica e estigmatizada do processo histórico brasileiro. Fariam bem ao seus leitores se se concentrassem na busca de objetividade jornalística e numa compreensão humanista, científica e hiperdialética da história do nosso país".
Atenciosamente,
Mércio Pereira Gomes, antropólogo, professor da Universidade Federal Fluminense e ex-presidente da Funai
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