5.1.06

A VERDADEIRA HISTÓRIA DE PALOCCI !

Um certo dia o deputado Zé Dirceu transferiu de seu gabinete ,para Ribeirão Preto o -hoje famoso- Buratti. Missão: coordenar a candidatura de Palocci à prefeitura de Ribeirão. O PT passou a contar -entre outras- com três fontes de arrecadação: Santo André -de Celso Daniel-, Ribeirão Preto -de Palocci- e depois SP -a capital.

Na organização da campanha de Lula foi criada uma função fantasia: Coordenador do Programa. Na verdade o coordenador do programa era simplesmente o tesoureiro informal da campanha. Nomeado Celso Daniel -de uma das fontes-base do PT. Com seu assassinato -pelas razões de desvio do dinheiro da corrupção para fins ditos não políticos- foi designado o outro vértice do esquema: Palocci.

O documentário Entreatos -que cobriu as imagens do final da campanha no primeiro turno, e do segundo turno- mostra com todas as tintas, que existiam dois operadores na campanha: Dirceu e Palocci. O primeiro era o operador político e o segundo o tesoureiro.

Com a vitória ,Palocci levou toda a sua equipe -que hoje se pode afirmar -gang- para trabalhar no setor público e privado, tendo acesso direto ao gabinete: Barquete, depois falecido, Buratti, Polleto e Juscelino, demitido depois de flagrado como meio-campo, e por ai vai. Até casa de "festas" -arg- utilizavam, tendo Buratti pago à vista o aluguel de meses. No ano de 2003 valeu tudo. A equipe Palocci operou abertamente e fez de tudo o que já se publicou e o que não se publicou, mas todo mundo sabe no mercado dos lobbies.

Palocci se sentia bem: afinal é desse meio que tinha vindo. Mas já no final de 2003, Palocci, mero locutor da política do Banco Central- passou a ganhar status de autoridade econômica responsável. Entrou em 2004 honrado com este status e resolveu separar-se das falcatruas e dos " falcatruantes" amigos. Como uma moça, daquelas, arrependida, se apaixona pelo novo personagem. Assume a postura, a fala, os ternos, o jeito tranquilo do gestor. E pede que não o importunem mais. Melhor assim.

Porém, e os delitos praticados em Ribeirão Preto e em 2003 no governo federal por seu grupo muito bem sintonizado com ele ? Acabaram ? Está perdoado pelo arrependimento ? Este é o personagem que -dizem- dá solidez ao governo Lula. E que setores ingênuos da oposição acham que deve ficar. Será que não sabem que política econômica e credibilidade são inseparáveis ? E que seu passado o condena ? E como !!!!

Essa é a peça, de sustentação do governo Lula. Esse é Palocci : tesoureiro sempre, do PT.

Reparem que ele e Zé Dirceu nunca se agridem. Que a discordância sobre política econômica sempre foi suave. E que -nem antes, nem durante, nem depois- Dirceu fez qualquer referência a Palocci. Ambos sabem demais.
IOCM

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